Costa considera que há “bons motivos” para ter confiança no futuro

Secretário-geral do PS destacou a estabilidade da governação e disse que "aqueles que recearam a coligação à esquerda já perceberam que não têm motivos para a recear”.

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António Costa falou à comunicação social à chegada à FIL Nuno Ferreira Santos

O secretário-geral do PS, António Costa, entende que “há bons motivos” para o país ter confiança no futuro e garante que, deste congresso, que decorre em Lisboa até domingo, “sairá um Partido Socialista totalmente determinado em reforçar” a maioria de esquerda que existe no Parlamento.

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O secretário-geral do PS, António Costa, entende que “há bons motivos” para o país ter confiança no futuro e garante que, deste congresso, que decorre em Lisboa até domingo, “sairá um Partido Socialista totalmente determinado em reforçar” a maioria de esquerda que existe no Parlamento.

“Há bons motivos para podermos ter confiança naquilo que é o futuro e aquilo que queria assegurar a todos é que deste congresso sairá um Partido Socialista, totalmente determinado em reforçar esta maioria, em executar o Programa deste Governo, que está na base desta maioria, e de executar, em diálogo e mobilizando o conjunto da sociedade portuguesa, o Programa Nacional de Reformas, numa visão de médio prazo para o desenvolvimento do nosso país”, declarou esta sexta-feira António Costa, à chegada ao 21.º Congresso do PS, que decorre, no pavilhão do Feira Internacional de Lisboa.

Questionado se quer manter esta solução governativa com uma maioria de esquerda no Parlamento, o líder do PS não hesitou em responder: “A solução governativa tem provado bem que quem escolhe as soluções governativas são os portugueses e esta foi a solução governativa que os portugueses escolheram”. Costa acrescentou que se trata de uma solução inovadora” e, em jeito de balanço ao fim de seis meses de governação, sublinhou: “Temos todos razões para estamos reconfortados com ela”.

“Acho hoje que todos aqueles que a recearam já perceberam que não têm motivos para a recear e que o cumprimento dos compromissos que estão na base desta maioria são absolutamente compatíveis com os compromissos que, nós, socialistas, assumimos com o conjunto dos portugueses e que o país assumiu com a União Europeia”. De seguida, disse que, “pela primeira vez, a União Europeia prevê um défice abaixo dos 3%” para Portugal em 2016. Embalado, acrescentou: “Vamos continuar, passo a passo, a cumprir aquilo que prometemos, é isso que vamos fazer”.

Questionado de novo, pelos jornalistas, se desistiu de ter o PS sozinho no Governo, o secretário-geral contornou a pergunta, respondendo que “o país precisa de estabilidade”. “Há uma maioria na Assembleia da República e todos temos o dever de contribuir para que exista estabilidade e que esta legislatura chegue ao fim na sua plena normalidade”. E prosseguiu: ”Hoje há um enorme consenso na sociedade portuguesa, existe este consenso entre os partidos que formam a maioria na Assembleia da República, existe um consenso com o senhor Presidente da República, que, repetidamente, tem apelado, a que exista estabilidade, existe esse consenso por parte dos parceiros sociais que desejam que exista estabilidade para que as reformas possam ter lugar e possam ser cumpridas e existe essa vontade por parte da União Europeia, que, de uma forma muito expressiva, manifestou o seu apoio ao nosso Programa Nacional de Reformas”.

Antes, o líder socialista tinha alertado para as “particulares responsabilidades” que o PS tem “de ser um referencial de estabilidade e de diálogo na sociedade portuguesa.” “É muito importante ter sido possível criar uma maioria parlamentar que assegure a estabilidade, o respeito por cada um dos partidos que a compõem, e são muitos e diversos, mas temos sabido em conjunto, todos, resolver os problemas que nos têm sido colocados e, de uma formal muito leal e construtiva, corresponder aos compromissos que assumimos uns com os outros, aos compromissos que assumimos com os portugueses e aos compromissos que o país assumiu com a União Europeia”, declarou António Costa.