Banco Santander investigado em Espanha por branqueamento no HSBC

Autoridades querem documentação relacionada com fugas fiscais.

 

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

 

Agentes da Unidade Central Operativa da Guarda Civil espanhola apresentaram-se nesta sexta-feira na Cidade Financeira do Banco Santander em Boadilla del Monte (Madrid) para pedir documentação relacionada com a "Lista Falciani", disseram à agência EFE fontes da investigação.

A acção da Guarda Civil acontece em virtude de um requerimento da Procuradoria Anticorrupção sob a investigação dirigida pelo juiz de instrução número cinco da Audiência Nacional, José de la Mata, sobre um possível branqueamento de capitais no banco britânico HSBC.

Fontes jurídicas acrescentaram que o pedido se refere a algumas das contas correntes das quais o juíz De la Mata tinha pedido informação nas suas pesquisas sobre a "Lista Falciani" que se encontra em segredo de justiça. Por sua vez, fontes do Banco Santander (contactadas pela EFE) recusaram fazer comentários sobre esta operação.

O informático Hervé Falciani é conhecido pela lista de presumidas fugas fiscais elaborada com os dados a que acedeu entre 2006 e 2008, quando trabalhou na filial suíça do banco britânico HSBC em Genebra.

Os dados bancários de milhares de contribuintes com contas suspeitas de evasão fiscal foram detectados, graças a Falciani, pela justiça francesa e enviados a países com os quais o estado francês tem acordos de cooperação fiscal, entre os quais Espanha.

Calcula-se que na lista há três mil contas do banco HSBC pertencentes a 659 contribuintes espanhóis.