A confiança não se decreta, constrói-se
“Não há crescimento económico sem crescimento do produto, nem há crescimento do produto sem investimento.” As palavras são do governador do Banco de Portugal e foram ditas em 2010, numa altura em que a economia já sofria as dores da austeridade e o investimento já escasseava. Seis anos depois, com o país a aliviar a austeridade, o investimento volta a registar uma travagem. Ao fim de dez trimestres de subida, o investimento caiu. Já sem a austeridade de outros tempos, o investimento está a ressentir-se da falta de confiança dos empresários. Por isso é que esta semana, na Câmara de Comércio Americana, António Costa alertava: “Só com confiança se conseguirá atrair mais investimento.” Mas a confiança não se decreta, constrói-se. Reverter medidas como a descida do IRC, que resultou de um compromisso alargado PS-PSD-CDS, não é um bom cartão-de-visita para mostrar a quem agora se pede confiança e investimento.
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“Não há crescimento económico sem crescimento do produto, nem há crescimento do produto sem investimento.” As palavras são do governador do Banco de Portugal e foram ditas em 2010, numa altura em que a economia já sofria as dores da austeridade e o investimento já escasseava. Seis anos depois, com o país a aliviar a austeridade, o investimento volta a registar uma travagem. Ao fim de dez trimestres de subida, o investimento caiu. Já sem a austeridade de outros tempos, o investimento está a ressentir-se da falta de confiança dos empresários. Por isso é que esta semana, na Câmara de Comércio Americana, António Costa alertava: “Só com confiança se conseguirá atrair mais investimento.” Mas a confiança não se decreta, constrói-se. Reverter medidas como a descida do IRC, que resultou de um compromisso alargado PS-PSD-CDS, não é um bom cartão-de-visita para mostrar a quem agora se pede confiança e investimento.