DGS quer portugueses a trocar elevadores por escadas
Direcção-Geral da Saúde apresentou Estratégia Nacional para a Promoção da Actividade Física, da Saúde e do Bem-Estar para dez anos.
Pequenos gestos, como a prática de dez minutos de exercício físico por dia ou trocar o uso do elevador pelas escadas, podem contribuir para uma melhoria significativa da saúde, reduzir as doenças e aumentar a expectativa de vida. Esta é a principal mensagem da Estratégia Nacional para a Promoção da Actividade Física, da Saúde e do Bem-Estar (ENPAF), apresentada nesta segunda-feira em Lisboa pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).
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Pequenos gestos, como a prática de dez minutos de exercício físico por dia ou trocar o uso do elevador pelas escadas, podem contribuir para uma melhoria significativa da saúde, reduzir as doenças e aumentar a expectativa de vida. Esta é a principal mensagem da Estratégia Nacional para a Promoção da Actividade Física, da Saúde e do Bem-Estar (ENPAF), apresentada nesta segunda-feira em Lisboa pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).
A ENPAF pretende lançar uma grande campanha junto da opinião pública e envolver diversos parceiros, de sindicatos a empresas e autarquias, no combate ao sedentarismo e à promoção da prática de exercício físico para a melhoria da saúde dos portugueses.
Para a DGS, a inactividade física é um dos principais factores de risco para as doenças crónicas não transmissíveis e justifica só por si o desenvolvimento de uma nova estratégia para a saúde, “que procura ser uma resposta estruturada e inclusiva promotora da actividade física e de estilos de vida saudável”.
“Ter uma população residente em território nacional com baixos níveis de sedentarismo, fisicamente activa, usufruindo do maior número possível de anos de vida saudáveis e livres de doença” é o grande objectivo para a uma estratégia a dez anos. “Numa perspectiva nacional, é prioritária a consciencialização da população para a importância da actividade física na saúde e a implementação de políticas intersectoriais e multidisciplinares que visem a diminuição do sedentarismo e o aumento dos níveis de actividade física”, diz o documento apresentado nesta segunda-feira.
Francisco George, director-geral da Saúde, lembra que no plano científico “está comprovada a relação entre a falta de prática de exercício físico, o sedentarismo e a ocorrência de doenças, sobretudo crónicas”, como o enfarte de miocárdio, o acidente vascular cerebral e o excesso de peso que está na origem da obesidade.
Defende, por isso, que todos os portugueses, independentemente da idade, devem dedicar uma parte do seu dia à prática do exercício físico. E nem são necessárias grandes correrias ou caminhadas. Basta dez minutos por dia de prática física ou o simples gesto de trocar o uso do elevador pelas escadas, que será precisamente o mote de uma das campanhas que a DGS vai lançar junto dos portugueses.
“É preciso usar menos o elevador”, diz Francisco George, revelando que na Direcção-Geral da Saúde essa prática já está a ser seguida. “Temos uma recomendação [na DGS] para o elevador ser só utilizado a subir, mas só acima do segundo andar. É preciso descer escadas, fazer marcha, levantar-se de manhã e fazer exercício físico”, acentua o director-geral da Saúde.
Francisco George diz ter a certeza de que, com a prática de exercício físico, se está “a reduzir o risco de doenças crónicas e a contribuir para que a vida vá mais para longe”.
A ENPAF vai estabelecer diversas parcerias, de sindicatos a autarquias, mas quer também envolver as empresas, garantindo que estas dêem tempo aos trabalhadores para que estes possam fazer exercício físico.
Para Fernando Araújo, secretário de Estado adjunto da Saúde, “era importante que as empresas tivessem a noção clara de que quanto mais os seus colaboradores estiverem saudáveis, maior será a sua produtividade”.
“Tem de haver alguma abertura e bastante criatividade, mas, se estivermos todos centrados [em termos] colaboradores que façam exercício físico, que tenham uma situação saudável, que sejam mais produtivos, as próprias empresas estarão interessadas em colaborar [no programa da DGS]”, acrescentou o secretário de Estado.