Obras de Siza e Gulbenkian na nova lista indicativa de Portugal ao Património Mundial
Comissão Nacional da UNESCO concluiu processo de actualização iniciado em 2014. São agora 22 os bens indicados.
A nova lista indicativa de Portugal ao Património Mundial que ficou concluída esta segunda-feira integra a obra construída do arquitecto Álvaro Siza um pouco por todo o país e a Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa – mais concretamente o conjunto constituído pelo edifício-sede (projecto dos arquitectos Ruy Athouguia, Pedro Cid e Alberto Pessoa) e pelo parque (projecto de António Viana Barreto e de Gonçalo Ribeiro Telles). Também a rota de Fernão de Magalhães, que em 1522 concluiu a primeira viagem de circum-navegação, e os caminhos portugueses de peregrinação a Santiago de Compostela passam a integrar a lista.
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A nova lista indicativa de Portugal ao Património Mundial que ficou concluída esta segunda-feira integra a obra construída do arquitecto Álvaro Siza um pouco por todo o país e a Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa – mais concretamente o conjunto constituído pelo edifício-sede (projecto dos arquitectos Ruy Athouguia, Pedro Cid e Alberto Pessoa) e pelo parque (projecto de António Viana Barreto e de Gonçalo Ribeiro Telles). Também a rota de Fernão de Magalhães, que em 1522 concluiu a primeira viagem de circum-navegação, e os caminhos portugueses de peregrinação a Santiago de Compostela passam a integrar a lista.
Lisboa, com a Gulbenkian, o Aqueduto das Águas Livres, a Baixa Pombalina e o núcleo histórico mais marcadamente transfigurado pelos Descobrimentos ("Lisboa Histórica, Cidade Global", assim o designa a Comissão Nacional da UNESCO), é a cidade com mais indicações nesta lista, que conta agora com 22 itens. Guimarães, que já tem o seu centro histórico classificado, passa agora a ver também indicada a Zona de Couros, e indicações como as do Deserto dos Carmelitas Descalços do Bussaco (juntamente com o conjunto do Palace-Hotel), as pegadas de dinossauros de Sesimbra e Ourém, as Ilhas Selvagens e as Levadas da Madeira repetem-se, assim como as da Costa Vicentina, de Vila Viçosa e do Palácio e da Tapada Nacional de Mafra. A paisagem cultural do montado, no Alentejo, o complexo romano de salga e conserva de peixe, em Tróia, o Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga, as fortalezas abaluartadas da Raia e a vila de Mértola também estão na lista.
A Comissão Nacional da UNESCO dá assim por terminado o processo, iniciado há dois anos, de actualização da anterior lista, que data de 2004. As listas indicativas, que devem ser aprovadas pelo Comité do Património Mundial da UNESCO, constituem um pré-requisito indispensável para a candidatura a Património Mundial, recorda a nota emitida pelo gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros.
Existem actualmente nas Listas Indicativas de 175 Estados parte um total 1.641 bens que um dia poderão vir a ser inscritos na Lista do Património Mundial. Portugal, com 15 bens inscritos, está entre os 20 países com maior número de classificações.