Governo francês tentará resolver falhas de segurança no Euro 2016

Incidentes registados na final da Taça, no Stade de France, levaram à convocação de uma reunião de emergência com a federação.

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Os stewards durante a final da Taça, no Stade France Thoma Sanson/AFP

O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, afirmou esta segunda-feira que as falhas de segurança verificadas durante a final da Taça serão “corrigidas sem demoras”, quando faltam três semanas para o início do Euro 2016. O mote para a intervenção pública do governante foram os incidentes registados nas bancadas do Stade de France, no passado sábado.

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O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, afirmou esta segunda-feira que as falhas de segurança verificadas durante a final da Taça serão “corrigidas sem demoras”, quando faltam três semanas para o início do Euro 2016. O mote para a intervenção pública do governante foram os incidentes registados nas bancadas do Stade de France, no passado sábado.

O encontro, realizado num estádio com capacidade para cerca de 80 mil pessoas - vai acolher sete jogos da prova - era visto como um teste à eficácia dos dispositivos de segurança implementados em redor do recinto durante o Euro, já que colocaria lado a lado claques de clubes rivais, o Paris Saint-Germain e o Marselha. 

Durante a partida – que os parisienses venceram por 3-2 - houve vários objectos que foram atirados para o relvado, como garrafas, copos ou engenhos pirotécnicos, que não deviam ter entrado no estádio, algo que as forças de segurança não conseguiram evitar.

O chefe da Polícia de Seine Saint-Dennis, Phillippe Galli, afirmou à Europe 1 que foi a primeira vez que o sistema de “barreiras duplas” foi testado, tendo sido essa a principal preocupação das autoridades, pois provocou um aumento do tempo de espera por parte dos adeptos para entrarem no Stade de France. “O sistema de segurança falhou em alguns pontos, que têm de ser corrigidos”, afirmou.

Com casa cheia, o controlo policial não conseguiu ser totalmente eficaz. “Através do vídeo de vigilância, é claramente vista uma série de objectos a serem passados”, prosseguiu Phillippe Galli. O aglomerado de adeptos nas zonas de revista é uma das situações que devem ser rectificadas. “Passámos de 26 entradas a oito após os atentados de Paris e hoje [no sábado] a quatro (…) A Polícia foi esmagada pelas massas associativas”, salientou.

Com os olhos da Europa do futebol a recaírem, dentro de pouco mais de duas semanas, sobre o território francês, Bernard Cazeneuve garante que serão tomadas medidas adicionais, como a entrada mais suave dos adeptos nos estádios, o controlo do fluxo nos recintos através de empresas de segurança privadas e a protecção das áreas de saída.

Sete meses depois dos atentados de 13 de Novembro – que tiveram início justamente no estádio francês – as fanzones são também motivo de preocupação. Os espaços que estão espalhados pelas dez cidades sede do Euro têm prevista uma adesão de sete milhões de pessoas, sendo que só o que se situa no Champ de Mars (Paris) pode acolher cerca de 90 mil pessoas.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, assegurou o reforço de segurança das mesmas: “As fanzones vão ser controladas, protegidas por forças de segurança públicas e privadas. A menos que haja alguma ameaça em particular, estas serão mantidas”, defendeu.

O Euro 2016 realiza-se em França entre 10 de Junho e 10 de Julho. O jogo de abertura vai opôr França e Roménia, precisamente, no Stade de France.

Texto editado por Nuno Sousa