Portugal é campeão europeu de Sub-17
Após um empate a um golo nos 80 minutos, a selecção nacional conquistou o título após vencer a Espanha no desempate pela marcação de grandes penalidades
Desta vez, a lotaria do desempate pela marcação de grandes penalidades não foi nefasta para Portugal e a selecção nacional venceu, com toda a justiça, o Campeonato da Europa de sub-17, que se disputou no Azerbaijão. Após atingir a partida decisiva da competição com um saldo de 14 golos marcados e zero sofridos, Brahim Díaz, a estrela da equipa espanhola, adiou a consagração do prometedor conjunto nacional após bater pela primeira vez na prova Diogo Costa, mas os portugueses mantiveram o sangue frio e no desempate pela marcação de grandes penalidades reeditaram, 13 anos depois, a vitória de Portugal num Europeu de sub-17.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Desta vez, a lotaria do desempate pela marcação de grandes penalidades não foi nefasta para Portugal e a selecção nacional venceu, com toda a justiça, o Campeonato da Europa de sub-17, que se disputou no Azerbaijão. Após atingir a partida decisiva da competição com um saldo de 14 golos marcados e zero sofridos, Brahim Díaz, a estrela da equipa espanhola, adiou a consagração do prometedor conjunto nacional após bater pela primeira vez na prova Diogo Costa, mas os portugueses mantiveram o sangue frio e no desempate pela marcação de grandes penalidades reeditaram, 13 anos depois, a vitória de Portugal num Europeu de sub-17.
Após um percurso até à final onde Portugal demonstrou uma enorme superioridade sob toda a concorrência, no jogo decisivo a selecção comandada por Hélio Sousa deparou-se com um adversário à sua altura. Liderada pelo andaluz Brahim Díaz, médio de ataque que em 2013 trocou o Málaga pelo Manchester City, a Espanha entrou melhor, mas a qualidade da equipa nacional não demorou a aparecer. Com uma defesa sólida quase a 100% made in Olival — o guarda-redes Diogo Costa, o lateral Diogo Dalot e os centrais Diogo Queirós e Diogo Leite jogam no FC Porto —, que esteve sempre muito bem guardada pelos médios defensivos benfiquistas Florentino Luís e Gedson Fernandes, Portugal não demorou a surgir com perigo junto à baliza defendida pelo barcelonista Iñaki Peña.
Apesar de Mésaque Djú não se ter exibido ao mesmo nível elevado dos jogos anteriores, Domingos Quina (pelo centro) e João Costa (pelas alas) foram sempre um quebra-cabeças para a defesa espanhola, que teve o mérito de conseguir anular José Gomes. O avançado do Benfica, que chegou à final com a impressionante marca de sete golos em cinco jogos (contra a Bélgica esteve em campo apenas três minutos), mostrou-se sempre activo no ataque e voltou a exibir um excelente jogo de cabeça, mas Peña e alguma infelicidade impediram que o “9” de Portugal se tornasse no segundo jogador a conseguir marcar oito golos num Europeu de sub-17.
A apertada marcação a que José Gomes foi alvo acabou, no entanto, por ser decisiva no golo português. Aos 27’, no melhor período da selecção nacional na primeira parte, o defesa Rúben Vinagre desequilibrou na esquerda, cruzou para a área e com os centrais e lateral esquerdo espanhóis preocupados com José Gomes, a bola sobrou para Diogo Dalot, que repetindo o que tinha feito na meia-final contra a Holanda, rematou cruzado dentro da área para o fundo da baliza.
A Espanha, no entanto, respondeu quase de imediato. Cinco minutos depois, o capitão Manu Morlanes colocou a bola na área após um canto, o central Chumi Brandariz faz um primeiro cabeceamento e, perante algum desnorte na defesa nacional, Brahim Díaz conseguiu a proeza de, ao fim de 432 minutos de competição, bater Diogo Costa, apesar do esforço de Dalot, que não evitou que a bola ultrapassasse a linha de golo por poucos centímetros.
Na segunda parte a partida foi equilibrada, com oportunidades para os dois lados, mas com o passar do tempo, as duas equipas mostraram muito respeito mútuo, adiando a decisão da final para o desempate pela marcação de grande penalidades, onde os jovens portugueses voltaram a mostrar uma enorme maturidade. Chamados a rematar da marca de 11 metros, José Gomes, João Filipe, Diogo Leite, Diogo Dalot e Gedson Fernandes não falharam, ao contrário de Morlanes, que na quinta tentativa espanhola, rematou ao lado, dando início à merecida festa portuguesa em Baku.