Portugal entre os dez maiores consumidores mundiais de álcool
Cada português consumiu em média 12,5 litros de bebidas alcoólicas em 2015.
Portugal surge como um dos dez países com maior consumo de álcool per capita do mundo, segundo dados de 2015 revelados neta quinta-feira por um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Portugal surge como um dos dez países com maior consumo de álcool per capita do mundo, segundo dados de 2015 revelados neta quinta-feira por um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O documento mostra que, no ano passado, foram consumidos o equivalente a uma média de 12,5 litros de álcool puro per capita em Portugal, que surge exactamente na mesma posição da Eslováquia, ambos no oitavo lugar entre os maiores consumidores da região europeia considerada pela OMS e que abrange 50 países.
Estes valores têm tido variações ligeiras em anos anteriores, mas Portugal tem surgido em posição semelhante comparativamente com os outros países. Em termos mundiais, situa-se entre os dez maiores consumidores por pessoa.
A liderar a tabela da OMS está a Moldávia, com um consumo equivalente a 17,4 litros de álcool per capita, seguida da Bielorrússia, Lituânia, Rússia, República Checa, Sérvia e Roménia. Surge depois a Austrália, com 12,6 litros per capita, logo seguida de Portugal e da Eslováquia.
O relatório lembra dados de 2012 que mostram que 3,3 milhões de mortes em todo o mundo foram atribuíveis ao consumo de álcool, quase 6% de toda a mortalidade.
Em relação à prevalência do consumo de tabaco a partir dos 15 anos, com dados de 2015, Portugal aparece a meio da tabela dos países da região europeia, claramente com os homens a apresentar maior prevalência do que as mulheres.
Esperança de vida a crescer
O mesmo relatório da OMS indica que Portugal está no grupo de 29 países do mundo com uma esperança média de vida de 80 anos ou mais. O Japão é, com uma média de 83,7 anos, o país do mundo com maior esperança média de vida, logo seguido pela Suíça, com 83,4 anos. Na região europeia, mantêm também esperanças médias de vida acima dos 82 anos a Espanha, Itália, Islândia, Israel, França e Suécia, enquanto o Luxemburgo figura com 82 anos exactos.
Segundo a lista da OMS, com base em dados de 2015, na zona do Pacífico, além do Japão há mais três países com esperança média de vida acima dos 82 anos: Singapura, Austrália e a Coreia do Sul.
Portugal surge com uma esperança média de vida de 81,1 anos, em 13.º lugar na tabela europeia, ao mesmo nível da Finlândia e da Bélgica e à frente de países como a Alemanha, a Dinamarca ou a Grécia.
Na tabela de 50 países da zona europeia assumida pela OMS, a Suíça lidera a esperança de vida para o conjunto dos dois sexos, com 83,4 anos, seguida de Espanha (82,8) e de Itália (82,7). No fim da tabela está o Turquemenistão (com 66,3 anos) e o Uzbequistão (69,4 anos).
A esperança média de vida global, em todo o mundo, foi em 2015 de 71,4 anos. De uma forma geral, em todos os países, e em todas as regiões no seu conjunto, as mulheres vivem mais que os homens, com uma esperança média mundial de 73,8 anos, enquanto os homens se ficam pelos 69,1 anos.
O relatório da OMS salienta que ainda há 22 países no mundo onde a esperança de vida fica abaixo dos 60 anos, todos eles situados na África subsaariana. Globalmente, a esperança de vida quando atingidos os 60 anos tem crescido continuamente, passando de 18,7 anos em 2000 para 20,4 anos em 2015.
Quanto à mortalidade materna, definida pelo número de mães que morrem por cada 100 mil nascimentos, foi estimada globalmente, no passado, em 216, o que faz com que 830 mulheres morram no mundo a cada dia devido a complicações da gravidez e do parto. "Quase todas essas mortes ocorreram em ambientes com poucos recursos e a maioria poderia ter sido evitada", refere o documento da OMS.
A região africana lidera as cifras de mortes maternas, com a Serra Leoa a ter os piores níveis (1360 em 100 mil). Na Europa, Finlândia, Grécia, Islândia e Polónia são os países com melhor classificação, com uma taxa de três mortes maternas por cada 100 mil nascimentos. Portugal surge sensivelmente a meio da tabela, com dez em cada 100 mil.
Relativamente à mortalidade infantil, a OMS aponta para que 5,9 milhões de crianças com menos de cinco anos tenham morrido no ano de 2015, com um rácio de 42,5 mortes por cada 100 mil nascimentos. Cerca de 45% dessas mortes ocorreram em recém-nascidos, com uma mortalidade neonatal de 19 por 100 mil nascidos.
Na região europeia, a esmagadora maioria dos países tem níveis de mortalidade infantil abaixo dos dez por 100 mil nascimentos, com o Luxemburgo a apresentar a melhor taxa (1,9), seguido da Islândia (2,0) e da Finlândia (2,3). Portugal situa-se no grupo dos 20 países da região com melhores indicadores, com 3,6 mortes abaixo dos cinco anos por 100 mil crianças nascidas, à frente de outros países do sul como Espanha (4,1), França (4,3) e Grécia (4,6).