Não é só o aparecimento de um candidato como Donald Trump e o facto de os republicanos serem obrigados a “engoli-lo” que mostra que algo se passa na cena política norte-americana. Dois factores tornam ainda mais preocupante esta crise latente, a que a presente campanha eleitoral deu apenas uma maior visibilidade: por um lado, ficou absolutamente clara a radicalização à direita e as profundas divisões no campo republicano; por outro, é inútil escamotear que também os democratas não navegam por águas calmas e que, pelo contrário, o duelo Clinton/Sanders ameaça alargar o fosso entre as duas partes ao ponto de ser cada vez mais imprevisível o desfecho desta corrida presidencial. O que se passou por estes dias no Nevada, em que a polícia teve que intervir na convenção estadual para acalmar os tumultos, só prova que o estado-maior democrata tem que agir depressa para ver se recupera a confiança da sua base. Se o não conseguir, tudo é possível nas eleições de Novembro.

Não é só o aparecimento de um candidato como Donald Trump e o facto de os republicanos serem obrigados a “engoli-lo” que mostra que algo se passa na cena política norte-americana. Dois factores tornam ainda mais preocupante esta crise latente, a que a presente campanha eleitoral deu apenas uma maior visibilidade: por um lado, ficou absolutamente clara a radicalização à direita e as profundas divisões no campo republicano; por outro, é inútil escamotear que também os democratas não navegam por águas calmas e que, pelo contrário, o duelo Clinton/Sanders ameaça alargar o fosso entre as duas partes ao ponto de ser cada vez mais imprevisível o desfecho desta corrida presidencial. O que se passou por estes dias no Nevada, em que a polícia teve que intervir na convenção estadual para acalmar os tumultos, só prova que o estado-maior democrata tem que agir depressa para ver se recupera a confiança da sua base. Se o não conseguir, tudo é possível nas eleições de Novembro.