Carlos Moedas diz que adiamento da decisão sobre sanções "é bom para Portugal"

"Desde o inicio, o presidente Juncker disse que esta comissão iria ser mais política", afirma o comissário português.

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Carlos Moedas, comissário europeu

O comissário europeu Carlos Moedas defendeu nesta quarta-feira que o adiamento para Julho de uma decisão sobre eventuais sanções a aplicar a Portugal por causa da manutenção de um défice excessivo é boa para o país, assumindo que a actual Comissão Europeia toma "decisões mais políticas" do que fazia no passado.

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O comissário europeu Carlos Moedas defendeu nesta quarta-feira que o adiamento para Julho de uma decisão sobre eventuais sanções a aplicar a Portugal por causa da manutenção de um défice excessivo é boa para o país, assumindo que a actual Comissão Europeia toma "decisões mais políticas" do que fazia no passado.

O adiamento é "bom" para Portugal pois o Governo tem assim "mais tempo para continuar a mostrar que está a executar o seu orçamento de uma maneira sólida e que está a implementar reformas", defendeu o comissário português aos jornalistas, a seguir à reunião do colégio de Comissários realizada nesta quarta-feira. Carlos Moedas disse também acreditar que o desfecho da reunião também foi "bom" para a Comissão, que tem a oportunidade de fazer uma "análise mais fina" do que poderia ter sido a sua decisão de agravar o procedimento por défice excessivo.

A contar para o adiamento esteve, segundo o comissário, o sacrifício que Portugal fez nos últimos anos. "Esse sacrifício tem de ser reconhecido," disse Carlos Moedas, explicando que se tratou de sacrifícios únicos em Portugal e Espanha comparativamente com o resto da Europa. "Todos os países têm que acelerar as reformas, sobretudo as reformas estruturais...também em Portugal", acrescentou.

Ainda em relação à decisão agora tomada, Carlos Moedas explicou a importância das considerações de carácter mais político na Comissão de que faz parte. "Desde o início, o presidente Juncker disse que esta Comissão iria ser mais política", disse, concluindo que "essa Comissão mais política iria tomar decisões mais políticas".