António Costa defende ampliação do Museu Nacional de Arte Antiga
O primeiro-ministro disse que é uma oportunidade para se estreitar a cooperação entre Estado e Câmara de Lisboa.
O primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta terça-feira que o Museu Nacional de Arte Antiga precisa de condições para se expandir e que as novas valências requerem espaço, havendo oportunidades para estreitar a cooperação entre Estado e Câmara de Lisboa.
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O primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta terça-feira que o Museu Nacional de Arte Antiga precisa de condições para se expandir e que as novas valências requerem espaço, havendo oportunidades para estreitar a cooperação entre Estado e Câmara de Lisboa.
Na inauguração da exposição O museu que não se vê, no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, António Costa defendeu que este é um dos espaços museológicos "que necessita de ter condições para se poder expandir e para poder desenvolver em torno de si um conjunto de valências e de capacidades que são absolutamente essenciais".
"As actividades de restauro, o desenvolvimento das artes tradicionais, o desenvolvimento das capacidades de manutenção de melhoria do conhecimento da arte que nos foi legada é algo que requer espaço", considerou.
Recordando as suas anteriores funções como presidente da Câmara de Lisboa e "olhando na envolvente", o primeiro-ministro disse ver "grandes oportunidades de estreitar a cooperação entre o Estado e o município em prol do desenvolvimento deste museu, que é também uma forma de desenvolver e valorizar a cidade".
Na opinião de António Costa, é necessário reflectir sobre "as condições de inserção deste museu na cidade e designadamente da sua acessibilidade e das condições de poder atrair mais e mais visitantes".
Dirigindo-se ao ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes - em funções há pouco mais de um mês depois da saída de João Soares - o primeiro-ministro considerou que o novo governante "terá um bom exemplo e um bom exercício para reflectir sobre aquilo que deve ser a evolução das instituições culturais do Estado" com o MNAA.
"Desde logo sobre o seu modelo orgânico porque a verdade é que, antes de o ser, e com a actual forma orgânica, esta direcção tem demonstrado ser possível fazer diferente, ganhar uma autonomia própria e, se calhar, quando assim é, mais vale o Estado acompanhar aquilo que é o movimento das coisas e consagrar formalmente, de forma a dar os instrumentos necessários para que este museu possa ter a vida própria que este museu merece", defendeu, abordando a questão da autonomia dos museus.
Na véspera do Dia Internacional dos Museus, António Costa estranhou o título da mostra, O museu que não se vê, "porque é uma exposição que se inaugura num museu que se passou a ver".
"Mérito que queria sublinhar relativamente aquilo que tem sido o esforço extraordinário do director do Museu Nacional de Arte Antiga: ter tirado o museu do desconhecimento, tê-lo colocado na rota dos turistas e dos portugueses", enalteceu.
A 23 de Fevereiro, o presidente da Câmara de Lisboa, o socialista Fernando Medina, defendeu que o anterior Governo "não agiu bem nem a horas" relativamente à futura ampliação do MNAA, considerando que a autarquia fê-lo ao adoptar medidas urbanísticas protectoras.
O sucessor de Costa na autarquia falava na Assembleia Municipal de Lisboa sobre a adopção de medidas aprovadas no final de 2015 por este órgão deliberativo, prevendo a suspensão das operações urbanísticas na envolvente do MNAA, de forma a não pôr em causa a expansão deste espaço, no âmbito do Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana das Janelas Verdes.
"E, agora, [a autarquia] dispõe-se a colaborar com o Governo em todo o processo de expansão", disse então Fernando Medina.