Criado gabinete para apoio a médicos no estrangeiro

Nos dois últimos anos, emigraram 869 clínicos portugueses.

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A Ordem quer o regresso dos médicos que emigraram a Portugal DR

Os médicos portugueses que vivem no estrangeiro vão passar a ter um gabinete de apoio. "Face ao crescente fenómeno da emigração médica e do seu impacto nas políticas de saúde públicas”, a secção regional do Centro da Ordem dos Médicos (OM) decidiu criar uma estrutura de apoio que servirá tanto para fornecer informação aos que querem sair, como para manter o contacto com eles, e ainda criar mecanismos para que os que queiram voltar o possam fazer, explica ao PÚBLICO o presidente, Carlos Cortes.

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Os médicos portugueses que vivem no estrangeiro vão passar a ter um gabinete de apoio. "Face ao crescente fenómeno da emigração médica e do seu impacto nas políticas de saúde públicas”, a secção regional do Centro da Ordem dos Médicos (OM) decidiu criar uma estrutura de apoio que servirá tanto para fornecer informação aos que querem sair, como para manter o contacto com eles, e ainda criar mecanismos para que os que queiram voltar o possam fazer, explica ao PÚBLICO o presidente, Carlos Cortes.

"A esmagadora maioria dos que saem quer voltar, está disponível para voltar se tiver condições. E nós queremos que eles voltem", acentua. A iniciativa de criar um gabinete de apoio aos emigrantes, que esta segunda-feira é apresentada em Coimbra, é um projecto-piloto que pode eventualmente ser alargado a todo o país, diz Carlos Cortes.

Só nos últimos dois anos, pelas contas da OM, emigraram 869 profissionais (475 no ano passado e 374 no anterior). Saíram à procura de melhores remunerações e condições de trabalho e são cada vez mais os que vão para se especializar, frisa Miguel Guimarães, da OM/Norte. "O Ministério da Saúde, que melhorou este ano as condições para o regresso de médicos reformados ao Serviço Nacional de Saúde, tem aqui uma bolsa de profissionais, muitos deles ainda jovens, disponíveis para voltar", assegura Carlos Cortes.

No sábado, o ministro Adalberto Campos Fernandes, num encontro em Coimbra, garantiu que não seria por causa do Governo que não iria haver mais formação e convidou a OM a detectar as carências que procuraria resolver a situação. Mas isso não é fácil, prevê Carlos Cortes, aludindo à falta de condições dos edifícios e dos serviços.