Força da natureza

Little Girl Blue vive melhor no pequeno ecrã, mas a força da figura de Janis Joplin compensa quaisquer convencionalidades.

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Não há como dar a volta ao facto de Little Girl Blue ter sido feito para “consumo caseiro” – produzido para a rubrica documental American Masters do serviço público de televisão americano – e que, no grande ecrã (numa versão mais longa 15 minutos), o filme de Amy Berg fica um pouco perdido. Mas também não há como dar a volta ao facto de Janis Joplin ter sido uma das maiores forças da natureza do rock americano, voz que continha em si a alma do melting-pot de experiências e culturas como raras outras o conseguiram expressar.

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Não há como dar a volta ao facto de Little Girl Blue ter sido feito para “consumo caseiro” – produzido para a rubrica documental American Masters do serviço público de televisão americano – e que, no grande ecrã (numa versão mais longa 15 minutos), o filme de Amy Berg fica um pouco perdido. Mas também não há como dar a volta ao facto de Janis Joplin ter sido uma das maiores forças da natureza do rock americano, voz que continha em si a alma do melting-pot de experiências e culturas como raras outras o conseguiram expressar.

O mérito maior de Little Girl Blue é devolver-nos a voz e a arte de Janis, retratando-as, e ao seu percurso, como uma busca do “sonho americano” de “vida, liberdade e a procura da felicidade”, transmutado irredutivelmente em catarse através de um canto feito de uma vulnerabilidade quase desesperada. E isso compensa o convencionalismo do tratamento.