PSP coloca objecções ao modelo dos festejos do título no Marquês
Área junto à praça onde o Benfica quer festejar está transformada num estaleiro de obras e a PSP considera não estar garantida a segurança. Autarquia vai recolher material das obras que possa ser arremessado. Sporting festejará em Alvalade caso se sagre campeão.
A PSP voltou este ano a colocar algumas objecções ao modelo dos festejos do título de campeão nacional de futebol no Marquês, confirmou o PÚBLICO. Há cerca de duas semanas que a polícia, a Câmara de Lisboa e responsáveis do Benfica têm levado a cabo reuniões para ultimar o plano de segurança para aquela zona, isto no caso de o Benfica conquistar o campeonato. Em causa estará o modelo do palco, a venda ambulante de garrafas de vidro e latas e o facto de a Avenida Fontes Pereira de Melo, que liga a Praça Marquês do Pombal ao Saldanha, estar transformada num estaleiro de obras.
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A PSP voltou este ano a colocar algumas objecções ao modelo dos festejos do título de campeão nacional de futebol no Marquês, confirmou o PÚBLICO. Há cerca de duas semanas que a polícia, a Câmara de Lisboa e responsáveis do Benfica têm levado a cabo reuniões para ultimar o plano de segurança para aquela zona, isto no caso de o Benfica conquistar o campeonato. Em causa estará o modelo do palco, a venda ambulante de garrafas de vidro e latas e o facto de a Avenida Fontes Pereira de Melo, que liga a Praça Marquês do Pombal ao Saldanha, estar transformada num estaleiro de obras.
A PSP acredita que não está garantida a segurança até porque o material das obras, as garrafas de vidro e as latas podem ser usados como material de arremesso. No seio da PSP teme-se a repetição dos incidentes do ano passado, com agressões entre agentes da PSP e adeptos que resultaram na detenção de 13 pessoas. Também nessa altura, a PSP deu parecer negativo aos moldes em que os festejos estavam organizados levantado questões de segurança, mas o parecer da polícia não é vinculativo.
No domingo, após as partidas com início marcado para as 17h, Benfica e Sporting podem sagrar-se campões da edição 2015/2016 da I Liga. Ao Benfica basta vencer o Nacional, enquanto o Sporting precisa de ganhar o Braga e esperar que os bicampeões nacionais percam pontos.
Por isso, estas reuniões incluem ainda responsáveis do Sporting, estando a PSP a tentar organizar, para domingo à noite, dois planos de segurança para locais diferentes: se o Benfica vencer os festejos decorrerão no Marquês, mas o Sporting quer festejar em Alvalade caso ganhe. Mesmo neste último cenário, a PSP também prevê a colocação de efectivo policial no Marquês, acreditando que os adeptos sportinguistas também lá irão.
PSP sem folgas no domingo
Para já, a câmara já informou a PSP que está a preparar a recolha do material das obras junto ao Marquês numa tentativa de reduzir eventuais riscos de segurança no local. Contactada pelo PÚBLICO, a autarquia disse não existir mais informação a acrescentar àquela já prestada pelo presidente da câmara, Fernando Medina, nesta terça-feira. O autarca limitou-se então a confirmar que estavam a decorrer "os contactos normais" entre as entidades envolvidas. As reuniões entre os clubes, a PSP e a autarquia vão continuar e só na sexta-feira é que serão conhecidos mais detalhes numa conferência de imprensa promovida pelo comando metropolitano da PSP de Lisboa, adiantou fonte policial.
Ao PÚBLICO, o porta-voz da Direcção Nacional da PSP, o intendente Hugo Palma, admitiu que o plano de policiamento para os festejos “ainda não está consolidado” e que a PSP “levantou algumas questões de segurança”. O responsável salientou ainda que “este ano, ao contrário do que ocorreu no ano passado, a PSP lida com dois cenários para dois locais possíveis que dependem da vitória do Benfica ou do Sporting”. Cerca de 1400 agentes da PSP de Lisboa foram já avisados para estarem de prevenção naquele dia, tendo sido canceladas as folgas, adiantou fonte da PSP.
Hugo Palma admite que todas as divisões de Lisboa, Oeiras, Sintra, Cascais, Loures, Vila Franca de Xira, Setúbal e Santarém estão envolvidas neste plano, face à necessidade de reforço de policiamento.
O intendente confirmou ainda que, como noticiou esta quarta-feira o Diário de Notícias, estarão envolvidos na operação entre 700 a 800 elementos das equipas de intervenção rápida da PSP, agentes da investigação criminal e centenas de elementos do corpo de intervenção. Algumas ruas deverão ser cortadas e a polícia estará também atenta ao fluxo de pessoas nos transportes públicos, nomeadamente no Metropolitano de Lisboa.