Petição para reduzir horário laboral dos pais ultrapassa as 15 mil assinaturas
Iniciativa foi lançada há menos de um mês pela Ordem dos Médicos.
Menos de um mês depois de ser lançada, a petição da Ordem dos Médicos a reclamar a redução do horário de trabalho para acompanhamento dos filhos até aos três anos recolheu mais de 15 mil assinaturas.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Menos de um mês depois de ser lançada, a petição da Ordem dos Médicos a reclamar a redução do horário de trabalho para acompanhamento dos filhos até aos três anos recolheu mais de 15 mil assinaturas.
Iniciativa da Ordem dos Médicos, a petição pugna pela redução de duas horas no horário de trabalho para um dos pais, até cada filho completar três anos, independentemente de a criança ser amamentada ou não.
Logo nas primeiras 24 horas, a petição tinha atingido as quatro mil assinaturas exigíveis para que a proposta seja debatida pelo Parlamento. No final da manhã de hoje, a petição ultrapassava as 15 mil assinaturas.
A redução do horário laboral em duas horas está já consagrada no Código de Trabalho, para efeitos de amamentação e até aos bebés terem um ano de idade, sendo que, a partir desse momento, as mulheres terão de fazer prova — por atestado — de que estão a amamentar.
A redução de horário a um dos pais independentemente do tipo de aleitamento permitiria, segundo a Ordem, ultrapassar as dificuldades de certificar a amamentação por parte da mulher quando a criança faz um ano.
A certificação da amamentação chegou a criar polémica e problemas em algumas instituições, com mulheres a serem forçadas a espremer os seios para mostrar que ainda amamentavam.
Contudo, o principal argumento para o lançamento desta petição respeita ao desenvolvimento emocional dos bebés e à convicção de que a relação precoce com os cuidadores "é absolutamente determinante para a construção da personalidade".