Oposição vira-se para a Educação, BE defende Governo
Passos Coelho e Assunção Cristas em sintonia no ataque ao ministro da Educação. E quem saiu em defesa da política do Governo foi Catarina Martins.
Passos Coelho chamou a política e educação de "retrógrada". Assunção Cristas perguntou: "Afinal, quem manda no Ministério da Educação?". E aos dois líderes dos partidos da oposição quem respondeu foi Catarina Martins. O ministro da Educação está debaixo de críticas nos últimos dias por causa da decisão sobre os contratos associação com escolas privadas e a líder do BE defendeu a política de Tiago Brandão Rodrigues.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Passos Coelho chamou a política e educação de "retrógrada". Assunção Cristas perguntou: "Afinal, quem manda no Ministério da Educação?". E aos dois líderes dos partidos da oposição quem respondeu foi Catarina Martins. O ministro da Educação está debaixo de críticas nos últimos dias por causa da decisão sobre os contratos associação com escolas privadas e a líder do BE defendeu a política de Tiago Brandão Rodrigues.
No final da reunião da Mesa do Bloco, Catarina Martins acabou por explicar que "não terminarão [qualquer] contrato associação em nenhum local onde não exista escola pública" e que, por isso, "o BE está do lado de quem defende a escola pública. E isso significa acabar com o abuso de o Estado pagar turmas em colégios privados, quando há uma escola pública ao lado", disse, em resposta às críticas que surgiram da direita, mas também, acrescentou, para acalmar pais e alunos.
Tudo começou nos últimos dias com a decisão do PSD de chamar para debate no Parlamento a política do Governo no que diz respeito ao financiamento do Estado a colégios privados. Com esta acção, há uma tentativa de desgaste do governante - que viu há pouco tempo um secretário de Estado sair por estar em "desacordo" com a sua política e o seu método - e acendendo as críticas sobre a decisão do Governo de não fazer mais contratos de associação com colégios onde exista oferta pública.
Passos Coelho voltou ao tema ainda na sexta-feira, considerando "retrógrado" o que o Executivo está a fazer, mas sobretudo perigoso: "Porque é muito possível que estas instituições coloquem o Estado em Tribunal, por este não estar a honrar os seus compromissos", disse. O Governo tem uma interpretação diferente, tal como o PÚBLICO noticiou, ao considerar que o que não tem base legal são os contratos assinados por Passos.
Este sábado foi a vez de Assunção Cristas retomar o assunto. A líder do CDS acusou o Governo de estar "capturado pela agenda ideológica da esquerda radical".
Durante o dia, alguns pais esperaram António Costa na inauguração do Túnel do Marão em protesto contra a decisão, mas ficaram distantes do primeiro-ministro. Com Lusa