Loja de roupa online Farfetch recebe mais 96 milhões de investimento
Parte do capital veio de fundos de Singapura e da China.
A Farfetch – uma multinacional com sede em Inglaterra e fundada por um português – angariou 110 milhões de dólares (cerca de 96 milhões de euros) numa ronda que inclui investidores asiáticos de peso e que ajudará a empresa a continuar a expandir-se naquela região.
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A Farfetch – uma multinacional com sede em Inglaterra e fundada por um português – angariou 110 milhões de dólares (cerca de 96 milhões de euros) numa ronda que inclui investidores asiáticos de peso e que ajudará a empresa a continuar a expandir-se naquela região.
Os principais investidores são o fundo Temasek, que é detido pelo Governo de Singapura, o fundo chinês IDG Capital Partners e a Eurazeo, uma sociedade de investimento francesa. A ronda contou ainda com a participação do fundo e.ventures e com o londrino Vitruvian Partners, que já antes tinha investido na Farfetch. Esta é a sexta vez que a empresa faz uma ronda de financiamento, elevando o total de capital angariado para 304,5 milhões de dólares, de acordo com informação da base de dados Crunch Base.
A Farfetch funciona como uma loja online única para cerca de 400 boutiques de roupa de vários países. A empresa (que tem operações em Londres, Porto, Guimarães, Nova Iorque e várias outras cidades) trata da logística de venda, envio, relacionamento com o cliente e eventuais devoluções.
“A Ásia, junta, é 26% do nosso negócio – uma em cada quatro vendas que fazemos”, afirmou o fundador e presidente executivo, José Neves, ao site Business of Fashion, que avançou a notícia. “Se olharmos para os parceiros que trouxemos para bordo, como o Temasek, que tem uma grande, grande influência no sudeste asiático e investimentos em todas as grandes empresas de Internet na Ásia, e para o IDF Capital Partners – a mesma coisa – é claramente uma decisão estratégica”, explicou Neves, acrescentando que estes investidores ajudarão a fazer parcerias e a contratar naquela região.
O executivo afirmou ainda que o próximo grande passo será a entrada em bolsa, embora ainda não haja uma data no horizonte. “Creio que uma oferta pública de venda é obviamente a próxima grande meta para a empresa, mas não sabemos quando. Vai demorar algum tempo, mas é definitivamente, em termos financeiros, a próxima grande meta”.