Procurador do Brasil quer investigar mais de 30 políticos. Lula é um deles
Lula da Silva é um dos nomes na lista de políticos que o procurador-geral do Brasil pede ao Supremo Tribunal Federal para investigar.
O procurador-geral do Brasil, Rodrigo Janot, pediu esta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito ao antigo Presidente brasileiro Lula da Silva, a três ministros de Dilma Rousseff e a outros 27 políticos.
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O procurador-geral do Brasil, Rodrigo Janot, pediu esta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito ao antigo Presidente brasileiro Lula da Silva, a três ministros de Dilma Rousseff e a outros 27 políticos.
O procurador-geral quer incluir os que integram a lista no inquérito principal da Operação Lava-Jato. Se for aceite o número de envolvidos neste julgamento aumenta para 70, incluindo ao actual líder da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), afirmou um porta-voz do Supremo Tribunal Federal, à AFP.
O pedido chega um dia depois de Janot ter requerido a abertura de uma investigação a Aécio Neves, um dos líderes da oposição e ex-candidato à presidência do Brasil em nome do PSDB. Aécio Neves é um dos principais críticos do actual Governo de Dilma Rousseff.
Entre a lista de nomes exigidos pelo procurador-geral brasileiro estão o chefe do gabinete da Presidente, Jaques Wagner, o ministro da Presidência, Ricardo Berzoini, e o assessor de imprensa de Dilma, Edinho Silva.
Eduardo Cunha, que deu luz verde ao processo de impeachment de Dilma, também figura na lista, juntamente com um outro senador do mesmo partido. O PMDB é o partido do vice-presidente Michel Temer, que assumirá o cargo de Dilma Rousseff se a Presidente for afastada.
Na base do pedido do procurador-geral do Brasil estão as declarações do senador Delcídio Amaral, do Partido dos Trabalhadores (PT), o antigo chefe do Governo no Senado que aceitou colaborar com a justiça brasileira, em troca de uma redução de pena, no âmbito da Operação Lava-Jato. Também nesta terça-feira, o Conselho de Ética do Senado aprovou por unanimidade a cassação do mandato do senador. O processo seguirá agora para a Comissão de Constituição e Justiça e, depois, para o plenário do Senado, avaliará um afastamento definitivo do político, avança o Estado de S. Paulo.
As declarações de Amaral em Março provocaram um terramoto político no Brasil, com o senador a acusar Dilma Rousseff de tentativa de interferência com a investigação judicial e Lula da Silva de ter beneficiado da rede de corrupção ligada à petrolífera estatal Petrobas.
Notícia corrigida às 11h39 do dia 4 de Maio.