Hotel “A Brasileira”, no Porto, vai integrar o grupo Pestana

Edifício foi comprado pelo empresário António Oliveira no final de 2013. Obras arrancam no Verão e o hotel abre no final de 2017.

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O hotel que vai nascer no antigo edifício do café A Brasileira, no Porto, vai integrar o grupo hoteleiro Pestana. Apesar do atraso que se verificou no arranque das obras mantém-se o prazo de abertura inicialmente previsto: o ano de 2017.

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O hotel que vai nascer no antigo edifício do café A Brasileira, no Porto, vai integrar o grupo hoteleiro Pestana. Apesar do atraso que se verificou no arranque das obras mantém-se o prazo de abertura inicialmente previsto: o ano de 2017.

Em comunicado, o Grupo Pestana anunciou esta quarta-feira a parceria estabelecida com o proprietário do edifício emblemático da baixa portuense, o empresário António Oliveira. Há dois anos, o antigo seleccionador nacional anunciava que pretendia criar uma empresa própria para explorar o negócio, que se apresentava como um hotel de quatro estrelas e 80 quartos. A possibilidade de se estabelecer uma parceria com uma empresa do ramo hoteleira não era, contudo, posta de parte por António Oliveira.

Hoje, anuncia-se que as obras arrancam no Verão e que a empreitada deverá estar concluída no final de 2017. O hotel que ali vai nascer será, afinal, de cinco estrelas e contará com 90 quartos, incluindo quatro suites. O projecto, desenvolvido pelo gabinete de arquitectura de Ginestal Machado, o Gabinete APPEL, inclui ainda um “wine bar, health club, ginásio e um pátio interior com jardim vertical”, garante o Grupo Pestana em comunicado.

Já o restaurante do rés-do-chão, irá manter-se “fiel ao desenho original do arquitecto Januário Godinho” e a cafetaria – a componente mais icónica de todo o complexo – irá também reabrir.

A Brasileira foi fundada em 1903 por um antigo comerciante de Arouca, Adriano Telles (que, ao contrário do que tem sido referido não era farmacêutico, tendo sido um sócio seu que possuira uma farmácia), que estivera anos imigrado no Brasil e que, de regresso a casa, decidiu investir na venda de café brasileiro, de que era também produtor. Nos primórdios da casa, o café era oferecido gratuitamente, a um balcão que dava para a rua, a quem comprasse um saco de café. A cafetaria só abriu em 1938. O slogan “O Melhor Café é o da Brazileira” (com “z”, como na grafia original da casa) está eternizado num painel cerâmico que ainda existe num muro da Rua do Dr. Ricardo Jorge. Em 2012, o painel publicitário foi retirado para restauro, mas regressou ao local de origem cerca de um ano depois.

A cafetaria encerrou em 2008, por ordem do BPI, depois de o tribunal ter considerado nulo um negócio de venda do edifício, devolvendo-o ao banco. O espaço ainda reabriria por alguns meses, mas voltou a fechar em 2009. António Oliveira comprou-o no final de 2013 e em Maio de 2014 anunciava a intenção de avançar com as obras de transformação do edifício num hotel no Outono desse ano.

Corrige a profissão do fundador de A Brasileira