Há novas queixas contra a Uber e chegam dos próprios motoristas
Motoristas da Uber em Nova Iorque criam associação e pedem mais direitos e protecção laboral.
Não são só os taxistas que estão insatisfeitos com os serviços da Uber. A mais recente reivindicação chega dos próprios trabalhadores. Em Nova Iorque, os motoristas da Uber criaram uma “associação solidária” para conseguir melhores condições de trabalho. Entre os pedidos, a associação Alles - Amalgamated Local of Livery Employees in Solidarity, espera conseguir um salário mínimo e mais protecção e segurança laboral para os seus colaboradores. A organização, criada este domingo, dia do Trabalhador, afirma já contar com cerca de mil pedidos de inscrição, num universo de cerca de 50 mil motoristas, só naquele estado norte-americano.
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Não são só os taxistas que estão insatisfeitos com os serviços da Uber. A mais recente reivindicação chega dos próprios trabalhadores. Em Nova Iorque, os motoristas da Uber criaram uma “associação solidária” para conseguir melhores condições de trabalho. Entre os pedidos, a associação Alles - Amalgamated Local of Livery Employees in Solidarity, espera conseguir um salário mínimo e mais protecção e segurança laboral para os seus colaboradores. A organização, criada este domingo, dia do Trabalhador, afirma já contar com cerca de mil pedidos de inscrição, num universo de cerca de 50 mil motoristas, só naquele estado norte-americano.
Armughan Asar, co-presidente da associação e motorista da Uber, sublinha à AFP que a queda do preço no serviço diminuiu a percentagem auferida pelos trabalhadores para valores com os quais não é possível viver.
Segundo Kevin Lynch, co-presidente da mesma associação, os motoristas da Uber estão a enfrentar dificuldades para pagar e garantir a manutenção dos seus veículos e ainda conseguir retirar algum rendimento do seu trabalho.
Uma acção judicial iniciada pelos colaboradores da Uber da Califórnia e de Massachusetts estipulou que os motoristas eram empregados da Uber e, como tal, as suas despesas deveriam ser reembolsadas. No entanto, escreve a Reuters, a empresa entende que esta é uma responsabilidade dos próprios empregados, insistindo que se tratam de profissionais independentes.
A associação surge depois do Conselho Nacional das Relações Laborais ter impedido a formação de um sindicato de motoristas da Uber nos estados da Califórnia e Massachusetts, informa a Reuters.
Desde que surgiu que o modelo de negócio e laboral da Uber tem estado sob o ataque. A maioria das queixas chega do sector dos taxistas, que se queixam de concorrência desleal face às diferentes condições exigidas aos dois tipos de serviço, uma vez que entre outras dissonâncias, o serviço funciona com motoristas não profissionais e sem licença. Em Portugal, o mais recente protesto aconteceu na última sexta-feira. As tensões entre o sector dos taxistas e os motoristas da Uber resultaram na agressão de um motorista da Uber e não serão um caso isolado.