Actor José Fidalgo atingido com saco de ovos na guerra dos taxistas
Taxistas queririam atingir colega que terá boicotado protesto contra a Uber.
O actor José Fidalgo foi atingido esta sexta-feira à tarde, no Porto, com um saco com ovos e farinha, tornando-se num “dano colateral” – nas palavras do próprio – na guerra dos taxistas. O actor seguia até à Estação de Campanhã, no Porto, num táxi que boicotou o protesto contra a Uber, ainda não desmobilizado ao fim da tarde.
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O actor José Fidalgo foi atingido esta sexta-feira à tarde, no Porto, com um saco com ovos e farinha, tornando-se num “dano colateral” – nas palavras do próprio – na guerra dos taxistas. O actor seguia até à Estação de Campanhã, no Porto, num táxi que boicotou o protesto contra a Uber, ainda não desmobilizado ao fim da tarde.
Um grupo de colegas que estava no local a controlar quem furava o protesto (e também os motoristas que trabalham com a Uber) não gostou de ver um táxi com passageiros a chegar à estação e atirou um saco com ovos e farinha que atingiu o actor na cabeça. “Não acredito que me quisessem atingir, mas a verdade é que atingiram”, afirma o actor ao PÚBLICO. Um taxista que assistiu ao episódio e pediu desculpas a José Fidalgo em nome da classe alega que o colega que atirou os ovos estava revoltado pelo facto de haver motoristas a "aproveitarem-se" da paragem dos colegas, um comportamento que apelida de "desleal".
José Fidalgo, protagonista de várias telenovelas, conta que se apercebeu da existência de um ambiente tenso em Campanhã, porque o taxista que o transportou não queria parar junto à estação. “Mas eu tinha que sair. E quando saí fui atingido por o que me pareceu um saco de ovos e farinha, directamente na cabeça”, relata o actor. O artista condena a atitude do taxista, mas insiste que o comportamento de um profissional não pode ser usado para julgar toda uma classe. “Estamos perante uma atitude desesperada de um homem que se sente injustiçado”, analisa.
Defendendo que o Estado tem que criar “condições para que todos os operadores de transportes” actuem de forma harmoniosa, o actor, que começou no teatro, lamenta não ter visto qualquer polícia na zona de Campanhã. “Face ao que se tem passado nos últimos tempos devia haver um reforço da segurança. A polícia tem que manter a ordem pública”, sustenta.