Descoberta vala comum com 120 corpos em Moçambique
Região da Gorongosa tem sido alvo de ataques da Renamo, que também denuncia ataques contra os seus homens nos últimos meses.
Um grupo de camponeses descobriu uma vala comum em Moçambique com cerca de 120 corpos, numa zona controlada pela Renamo e próxima de uma mina ilegal de extracção de ouro.
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Um grupo de camponeses descobriu uma vala comum em Moçambique com cerca de 120 corpos, numa zona controlada pela Renamo e próxima de uma mina ilegal de extracção de ouro.
O serviço Voz da América – Portugal avança que a descoberta foi feita quarta-feira no posto administrativo de Candam, no interior da Gorongosa.
As testemunhas disseram que os corpos estavam numa antiga escavação a céu aberto, que era usada para a extracção de saibro – uma areia grossa destinada às obras de reabilitação da principal estrada de Moçambique, a EN1.
"São cerca de 120 corpos descarregados lá", disse à Voz da América – Portugal um dos camponeses. Não há qualquer informação oficial sobre a forma como as pessoas foram mortas, mas a testemunha, não identificada, disse que os corpos "podem ser de civis sequestrados e assassinados por questões políticas" ou "militares mortos em confrontos armados, entre o braço armado da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança".
Violência ameaça paralisar zona central de Moçambique
"A zona é complicada para a entrada, há muitas desconfianças e não vale a pena pôr a nossa vida em risco. Nesta confusão é complicado chegar lá", disse um dos funcionários do Parque Nacional da Gorongosa, também sob anonimato.
A Gorongosa é controlada pela Renamo – foi lá que o seu líder, Afonso Dhlakama, se refugiou no início do ano. A Resistência Nacional Moçambicana informou este mês que pelo menos 14 dos seus membros foram executados desde o início do ano, acções que atribui a esquadrões da morte.
O prazo para a "tomada" de parte de Moçambique pela Renamo terminou. E agora?