Mínimos compram Shrek, ou como a Comcast adquire a DreamWorks Animation

Segundo maior conglomerado de média do mundo vai reforçar o portfolio para fazer face à Disney.

Foto
No parque da Universal na Flórida, os visitantes transformam-se em Mínimos como parte de uma das atracções MPA

A DreamWorks Animation reforçou esta quinta-feira o portfolio do segundo maior conglomerado de média do mundo ao ser integrada na Comcast, tornando-se em mais uma grande peça do gigantesco puzzle global do audiovisual. A empresa fundada por Steven Spielberg, Jeffrey Katzenberg e David Geffen - ou a produtora de Shrek ou Panda do Kung Fu - foi comprada pela proprietária da NBC e dos estúdios Universal por 3,3 mil milhões de euros.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A DreamWorks Animation reforçou esta quinta-feira o portfolio do segundo maior conglomerado de média do mundo ao ser integrada na Comcast, tornando-se em mais uma grande peça do gigantesco puzzle global do audiovisual. A empresa fundada por Steven Spielberg, Jeffrey Katzenberg e David Geffen - ou a produtora de Shrek ou Panda do Kung Fu - foi comprada pela proprietária da NBC e dos estúdios Universal por 3,3 mil milhões de euros.

A Disney é o maior grupo do género, sendo que a Comcast anunciou esta quinta-feira que concretizará ainda este ano um dos seus negócios mais importantes dos últimos tempos no caminho para manter acesa a concorrência entre ambos. Integrará assim o estúdio de animação que chegou a ter como rival a Pixar – que, por seu turno, já vive no habitat Disney com a Marvel Studios ou canais como a ABC e a ESPN, tendo produzido recentemente o oscarizado Divertida-Mente ou o franchise Toy Story.

A DreamWorks Animation nasceu em 2004 como uma derivação especializada em animação da DreamWorks, o estúdio dos três grandes nomes da indústria cinematográfica e musical, Spielberg, Geffen e Katzenberg fundado em 1994.

Além da televisão, onde a DreamWorks Aniamation acabou de assinar um acordo com o serviço de streaming Netflix, por exemplo, outro dos mundos onde os dois gigantes competem é o dos parques de diversões e dos bens de consumo e produtos licenciados. Produtos como aqueles saídos dos filmes Gru – o maldisposto ou Mínimos, sucessos recentes da Universal através da sua Illumination Entertainment, mas que não suplantam o império de Mickey, super-heróis e dos Jedi de Star Wars da Disney.

Em suma, a “DreamWorks vai ajudar-nos a fazer crescer os nossos negócios de cinema, televisão, parques temáticos e produtos de consumo por muitos anos”, nas palavras do CEO da NBCUniversal, Steve Burke. A diversificação destes conglomerados permite-lhes não estar apenas dependentes dos grandes fazedores de dinheiro, os filmes e os seus resultados de bilheteira, mas sim espalhar e rentabilizar e diferentes mercados esses títulos, por exemplo.

Neste negócio, Jeffrey Katzenberg a tornar-se-á presidente da DreamWorks New Media, que além do estúdio de animação manterá a sua ligação à Awesomeness TV e à NOVA, mas também, detalha a Reuters, será consultor da NBCUniversal. Katzenberg considera, cita a Variety, que a empresa da qual será consultor terá, com o seu estúdio de animação, uma posição reforçada no sector do “entretenimento familiar”. Um detalhe: Jeffrey Katzenberg foi um dos responsáveis, antes de fundar a DreamWorks, pela revitalização da Disney no final dos anos 1980 e início da década de 1990.

Com os rumores de que a compra da Dreamworks Animation está iminente, o preço de venda das suas acções disparou nos últimos dias, perfazendo uma subida total de quase 50% nos últimos seis meses.

Os outros grandes grupos do mercado são a Time Warner e a Viacom e o negócio da compra do estúdio de animação pelo conglomerado tem ainda de ser analisado pelos reguladores do sector.