Polícia alemã procura homicida de portuguesa desmembrada
Corpo de mulher de 43 anos encontrado num canal em Leipzig. Portuguesa residia há anos na cidade mas não tinha morada fixa.
As autoridades alemãs procuram pistas que a possam conduzir ao autor da morte de uma portuguesa de 43 anos, cujo cadáver apareceu desmembrado num canal em Leipzig. O torso foi encontrado na quinta-feira passada dentro de água por um transeunte, tendo mergulhadores da polícia recuperado, nesse mesmo dia, uma perna do cadáver. Só nos dias seguintes conseguiram encontrar os restantes membros e mais tarde, através de perícias forenses, identificá-los como pertencendo a Lídia Maria Cruz, uma portuguesa que residia há vários anos na cidade mas não tinha morada fixa.
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As autoridades alemãs procuram pistas que a possam conduzir ao autor da morte de uma portuguesa de 43 anos, cujo cadáver apareceu desmembrado num canal em Leipzig. O torso foi encontrado na quinta-feira passada dentro de água por um transeunte, tendo mergulhadores da polícia recuperado, nesse mesmo dia, uma perna do cadáver. Só nos dias seguintes conseguiram encontrar os restantes membros e mais tarde, através de perícias forenses, identificá-los como pertencendo a Lídia Maria Cruz, uma portuguesa que residia há vários anos na cidade mas não tinha morada fixa.
As autoridades não têm dúvidas de que se tratou de um homicídio, estando agora à procura de testemunhas que possam ter estado com a mulher nas suas últimas semanas de vida. Esta quarta-feira, o canal foi parcialmente esvaziado para permitir à polícia continuar em busca de pistas no seu leito, e também porque nas mesmas águas terá desaparecido uma segunda mulher, cuja bicicleta foi encontrada junto à margem. As autoridades não acreditam, porém, que os dois casos estejam relacionados. De nacionalidade alemã, a segunda mulher sofria de perturbações mentais, noticiou um jornal local.
Em declarações ao jornal Bild, o companheiro de Lídia Cruz, Toni M., também de nacionalidade portuguesa, disse que tinham chegado a Leipzig há cinco anos para procurar emprego e que viu a mulher pela última vez a 9 de Abril, num bar que frequentavam como se fosse a sua segunda casa, chamado “Brincadeira”. Entediada com um jogo de futebol que estava a passar na televisão, Maria terá dito que ia a outro bar e que já voltava. Toni M. admite que não ficou, nos primeiros dias, preocupado por nunca mais a ter voltado a ver: “Era frequente desaparecermos por um ou dois dias.”
A irmã de Lídia Cruz disse à TVI não encontrar razões para o homicídio. A única queixa da vítima era "estar desempregada", contou. A última vez que falou com a família foi a 19 de Março, Dia do Pai, altura em que telefonou para Portugal. As autoridades alemãs lançaram um apelo para que eventuais testemunhas dos acontecimentos que levaram à morte de Lídia Cruz contem à polícia factos que tenham eventualmente presenciado.