PSD abdica de levar a votos Programa de Estabilidade
Documento não deverá ser votado em plenário ao contrário do que aconteceu nos últimos anos.
O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, confirmou que a bancada social-democrata não vai apresentar qualquer projecto de resolução sobre o Programa de Estabilidade por considerar que o Governo tem o apoio suficiente à esquerda para que o documento seja viabilizado. Tanto BE como PCP também não deverão colocar o Programa a votação no Parlamento. O CDS ainda não anunciou a sua decisão embora seja pouco provável que avance com uma resolução sobre a proposta do Governo que está esta quinta-feira na mesa do Conselho de Ministros.
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O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, confirmou que a bancada social-democrata não vai apresentar qualquer projecto de resolução sobre o Programa de Estabilidade por considerar que o Governo tem o apoio suficiente à esquerda para que o documento seja viabilizado. Tanto BE como PCP também não deverão colocar o Programa a votação no Parlamento. O CDS ainda não anunciou a sua decisão embora seja pouco provável que avance com uma resolução sobre a proposta do Governo que está esta quinta-feira na mesa do Conselho de Ministros.
“Não há dúvida de que o Programa de Estabilidade e do Programa Nacional de Reformas tem o apoio inequívoco do PS, PCP, BE e PEV, que são os que sustentam o Governo”, disse esta quinta-feira o líder da bancada, no final de uma reunião com os deputados no Parlamento.
O líder do PSD, Passos Coelho, já tinha afirmado, há algumas semanas, que o partido iria abdicar de apresentar um projecto de resolução sobre o Programa de Estabilidade. Luís Montenegro disse que a votação “não é determinante” e que mesmo sem esses votos o Governo pode enviar o documento para Bruxelas. O social-democrata quis envolver os partidos que apoiam o Governo – BE, PCP e PEV - na estratégia do executivo: “É o plano de Catarina Martins, Jerónimo de Sousa e Heloísa Apolónia”.
As bancadas à esquerda não vão propor uma votação, o que acontece pela primeira vez em vários anos. Se o CDS também seguir a mesma opção do PSD, o Programa de Estabilidade não será votado em plenário, o que é inédito desde 2010.