Beverly e Mitski, duas propostas com sede em Nova Iorque; o muito esperado longa-duração dos portugueses First Breath After Coma; e muito pop-rock a saltar cá para fora sem esperar pelas rádios da moda. Tudo para um fim-de-semana alargado.

Beverly e Mitski, duas propostas com sede em Nova Iorque; o muito esperado longa-duração dos portugueses First Breath After Coma; e muito pop-rock a saltar cá para fora sem esperar pelas rádios da moda. Tudo para um fim-de-semana alargado.

Promo

Entre o que é novidade, comecemos pelos Beverly, de Brooklyn, Nova Iorque. A dupla Drew Citron (voz e guitarra, ex-Avan Lava e The Pains of Being Pure at Heart) e Scott Rosenthal (entrou para o lugar de Frankie Rose) lançam “The Blue Swell”, segundo disco da banda norte-americana, na primeira semana de Maio.

Depois do “aperitivo” (“Victoria”) para este novo álbum, já a rolar há alguns meses, chega o segundo single, “South Collins”, fazendo acreditar que o sucessor de “Careers” (2014) será um belo momento pop-rock para o resto do ano.

Também de “NY”, embora nascida no Japão, Mitski, de apelido Miyawaki, mas conhecida apenas pelo nome próprio, prepara-se para lançar o seu quarto álbum, “Puberty 2”, com um primeiro vídeo de promoção lançado esta semana: “Your Best American Girl”.

Mitski faz saber que a sua queda para o pop-rock tem origem na colecção de discos da mãe, sobretudo dos anos 70. Sem cair em atmosferas “world”, canta (e canta bem, como este “Once More To See You”) como quem se passeou pelos quatro cantos do mundo: Malásia, RD Congo, China e Turquia, tudo antes de chegar aos Estados Unidos.

Por cá, no cantinho lusitano, parece-me ser direito adquirido o de esperarmos sentados pelo conteúdo global de “Drifter”, o segundo álbum dos First Breath After Coma. Para a espera não custar tanto, já se pode ouvir “Salty Eyes”. Depois do muito aplaudido trabalho de estreia, “The Misadventures Of Anthony Knivet” (2013), está para breve o segundo registo da banda de Leiria.

Com um considerável culto em Portugal, os franceses The Limiñanas avançam para o seu quinto longa-duração, “Malamore”, e apresentam “Garden of Love” como cartão-de-visita, em que se ouve o baixo muito identificável de Peter Hook (ex-New Order).

Ainda tempo para sugerir uns singles e novidades “libertadas” esta semana: “La Jettee”, dos The Vryll Society, e um novo projeto gaulês, os Bruit, que integra membros dos Kid Wise e revelou “part 1”, onde mostram que pretendem caminhar lá para os lados do post-rock e outros experimentalismos sónicos.

“Heart of a Dog” é a montra do futuro (sai em Junho) trabalho dos norte-americanos The Kills (“Ash & Ice”); e fica uma nota final para o EP “Uncovered”, dos compatriotas The Feelies, especialmente criado para o famoso “Record Store Day”, onde o grupo sobrevivente dos 80’s recria temas de Neil Young, Bob Dylan, The Doors e Patti Smith, nomeadamente a excelente versão de “Dancing Barefoot”.

Palco

Quinta-feira (21 de Abril), ainda em modo de prelúdio de fim-de-semana alargado, aconselho os apreciadores do rock’n’roll, soul e blues a uma ida ao Sabotage (Lisboa) para ouvir The Millions, que é gente que já passou por experiências anteriores (Belle Chase Hotel, Superego ou Social Smokers) e que quer que esta seja “a tal”.

Na mesma noite, na mesma cidade (pelas 22h00), o Roterdão recebe um concerto dos Zorra, que é coisa para os apaixonados por sonoridades que deambulam entre o post-rock e o jazz contemporâneo.

Se sexta (22 de Abril) ainda estiveres pela capital, o melhor é rumar ao Music Box e ouvir The Lemon Lovers, em modo de apresentação do disco “Watching The Dancers”, do qual se já se pode escutar “Cosmic Lovers”. Diz que faz lembrar biquínis e óculos de sol ao estilo Biarritz, anos 70. Sexta e sábado, em São João da Madeira, no Oliva Creative Factory (22h00), há um belo cartaz no Party Sleep Repeat 2016, com PAUS, Capitão Fausto, Holy Nothing, Basset Hounds, The Miami Flu, Ganso e Equations.

Pista

Na sexta, o germânico-coreano Hunee actua na Indústria, no Porto, cidade onde, para os lados da Baixa, Isidro Lisboa e Joaquim Mota “manipulam” mais uma sessão de Radio Edits, no Plano B, que é bem agradável para quem prefere r&b, soul, funky e disco, um dos melhores modelos “a menina só dança o que sabe cantar”.

Na mesma noite, em Lisboa, no Musicbox, o equatoriano Nicola Cruz “casa” a electrónica com alguma inspiração tropical.

Para a madrugada da Revolução, ou seja, de domingo para segunda (dia 25, que é feriado), há um set imperdível: Legendary Tigerman no Armazém do Chá, no Porto.