Sem mistério
Franco filma bem, com um sentido do quadro e do movimento interno, falta-lhe usar isso para ter qualquer coisa a dizer.
Tim Roth é impenetrável, sim, numa narrativa que parece “plasmada” na frieza quase cínica, quase misantrópica, de certas coisas de Michael Haneke. Mas essa impenetrabilidade – e portanto, o mistério de uma personagem – vai-se esgotando a si própria, no rigor esforçado dos enquadramentos fixos de Michel Franco, que parecem estar sempre à espera (como aquelas máquinas de matar moscas) que de vez em quando alguma coisa – sobre a morte, sobre a natureza humana, sobre a doença e o envelhecimento – lá pouse e seja “apanhada”.
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Tim Roth é impenetrável, sim, numa narrativa que parece “plasmada” na frieza quase cínica, quase misantrópica, de certas coisas de Michael Haneke. Mas essa impenetrabilidade – e portanto, o mistério de uma personagem – vai-se esgotando a si própria, no rigor esforçado dos enquadramentos fixos de Michel Franco, que parecem estar sempre à espera (como aquelas máquinas de matar moscas) que de vez em quando alguma coisa – sobre a morte, sobre a natureza humana, sobre a doença e o envelhecimento – lá pouse e seja “apanhada”.
Franco filma bem, com um sentido do quadro e do movimento interno, falta-lhe usar isso para ter qualquer coisa a dizer.