Os sindicatos e as contas da realidade
Os números já tinham sido pedidos à CGTP por altura do seu congresso de Fevereiro, mas foi preciso fechar as “contas” do conclave para que eles surgissem. E os números dizem que nos anos imediatamente anteriores à troika a central sindical teve a sua maior queda de sempre em sindicalizados. Dos 759.500 de 2004 passou a 614.088 em 2012 (a austeridade de Passos Coelho “arrancou” em Novembro de 2011) e agora situa-se nos 550.500. Não é uma queda exclusiva da CGTP, já que a UGT também reconhecia, em finais de 2015, ter perdido 80 mil sindicalizados em quatro anos. O que motivará tal queda? A crise? Ou o conforto, mesmo passageiro? Um estudo sector a sector ajudaria na resposta. Mas no caso da CGTP só ela o pode fazer, pois não revela tais dados. Factores? Haverá muitos: fecho de empresas, emigração, desmotivação. Mas ainda há quem acredite na utilidade dos sindicatos, e daí os novos filiados – um amortecedor, nesta lenta queda.
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Os números já tinham sido pedidos à CGTP por altura do seu congresso de Fevereiro, mas foi preciso fechar as “contas” do conclave para que eles surgissem. E os números dizem que nos anos imediatamente anteriores à troika a central sindical teve a sua maior queda de sempre em sindicalizados. Dos 759.500 de 2004 passou a 614.088 em 2012 (a austeridade de Passos Coelho “arrancou” em Novembro de 2011) e agora situa-se nos 550.500. Não é uma queda exclusiva da CGTP, já que a UGT também reconhecia, em finais de 2015, ter perdido 80 mil sindicalizados em quatro anos. O que motivará tal queda? A crise? Ou o conforto, mesmo passageiro? Um estudo sector a sector ajudaria na resposta. Mas no caso da CGTP só ela o pode fazer, pois não revela tais dados. Factores? Haverá muitos: fecho de empresas, emigração, desmotivação. Mas ainda há quem acredite na utilidade dos sindicatos, e daí os novos filiados – um amortecedor, nesta lenta queda.