Associated Press distinguida com Pulitzer de Serviço Público

Prémios da Universidade de Columbia atingem a 100.ª edição.

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Cobertura dos atentados de San bernardino valeram o Pulitzer de Reportagem ao Los Angeles Times Jonathan Alcorn/REUTERS

A publicação de uma série de reportagens, entre Março e Novembro de 2015, sobre a exploração de trabalho escravo na distribuição de marisco em restaurantes e supermercados por toda a América valeu à Associated Press (AP) o Pulitzer de Serviço Público na 100.ª edição destes prestigiados prémios, que foram anunciados ao final da tarde desta segunda-feira (hora portuguesa) na Universidade de Columbia, em Nova Iorque.

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A publicação de uma série de reportagens, entre Março e Novembro de 2015, sobre a exploração de trabalho escravo na distribuição de marisco em restaurantes e supermercados por toda a América valeu à Associated Press (AP) o Pulitzer de Serviço Público na 100.ª edição destes prestigiados prémios, que foram anunciados ao final da tarde desta segunda-feira (hora portuguesa) na Universidade de Columbia, em Nova Iorque.

O prémio de Reportagem e Breaking News (notícias de última hora) foi para a equipa do Los Angeles Times que acompanhou o caso dos atentados de San Bernardino, na Califórnia, que a 2 de Dezembro causou a morte de mais de uma dezena de pessoas e fez mais de vinte de feridos.

O de Jornalismo de Investigação, normalmente considerado o prémio mais prestigiado no conjunto dos Pulitzer, coube este ano a Leonora LaPeter Anton e a Anthony Cormier, do jornal Tampa Bay Times, e a Michael Braga, do Sarasota Herald-Tribune, que trabalharam em conjunto para revelar, em Novembro e Janeiro últimos, casos de violência e negligência em hospitais psiquiátricos da Florida.

Ainda na área da imprensa e comunicação social, o The New York Times obteve duas distinções, nas categorias de Reportagem Internacional (Alissa J. Rubin) e Fotografia de Breaking News (Mauricio Lima, Sergey Ponomarev, Tyler Hicks e Daniel Etter). Também a revista New Yorker arrecadou dois prémios: Artigo de Fundo (Kathryn Schulz) e Crítica (Emily Nussbaum).

Nas categorias artísticas, o prémio Ficção foi para o livro The Sympathizer (Groove Press), do escritor nascido no Vietname Viet Thanh Nguyen, que conta a história algo autobiográfica de um emigrante dividido entre dois países.

No Teatro, venceu Lin-Manuel Miranda, com Hamilton, um musical sobre um dos pais fundadores da América, Alexander Hamilton. Custer’s Trials: A life on the frontier of a New America (ed. Alfred A. Knopf), mais uma biografia sobre o famoso General Custer, valeu a T.J. Stiles o prémio de História. Na categoria Biografia, venceu Barbarian Days: A Surfing Life, “memória de uma obsessão” por William Finnegan (Pinguin Press). O prémio de Poesia foi para Peter Balakian, com Ozone Journal (University of Chicago Press). E o de Não-Ficção para Black Flags: The Rise of ISIS, de Joby Warrick (ed. Doubleday), sobre o crescimento do auto-proclamado Estado Islámico.

Finalmente, na Música, venceu Henry Threadgill, por In for a Penny, In for a Pound (Pi Recordings), composição sobre a vida moderna americana.

Nesta edição número cem dos Pulitzer – recorde-se que a primeira atribuição aconteceu em 1917 foram atribuídos prémios em todas as 21 categorias. Todas elas têm o valor monetário de 10 mil dólares (cerca de 8.850 euros), excepto o que distingue o Serviço Público, que só pode ser atribuído a uma organização, e vale uma medalha de ouro.