Hospital de São João sem novos casos de bactéria resistente a antibióticos

Ao todo permanecem internados sete doentes na unidade hospitalar do Porto.

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Os doentes ainda internados estão em situação considerada estável Paulo Pimenta (arquivo)

O Centro Hospitalar de São João, no Porto, revelou nesta sexta-feira que não foram identificados, desde sábado, "casos novos" de portadores de bactéria resistente, estando actualmente internados "em área específica" sete doentes, dois com "infecção activa".

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O Centro Hospitalar de São João, no Porto, revelou nesta sexta-feira que não foram identificados, desde sábado, "casos novos" de portadores de bactéria resistente, estando actualmente internados "em área específica" sete doentes, dois com "infecção activa".

Numa nota de imprensa, aquele centro hospitalar acrescenta que "não se verificaram óbitos" relacionados com os doentes portadores de "bactéria resistente".

O director clínico do Centro Hospitalar de São João, José Artur Paiva, disse na segunda-feira à agência Lusa terem sido detectados nos últimos dias nove casos de doentes portadores de bactérias e que, "em dois dos casos", a bactéria estava "a provocar infecção".

Hoje, estão "internados no Centro Hospitalar de São João, em área específica, sete doentes portadores de bactéria resistente produtora de KPC. Dois deles apresentam infecção activa encontrando-se em tratamento e a sua situação clínica é estável", destaca aquele hospital na nota de imprensa.

O Centro Hospitalar de São João acrescenta que, "no rastreio dos doentes que se encontram internados e que contactaram com os portadores da bactéria, não foram identificados casos novos desde 9 de Abril". "Mantém-se activado o plano implementado em resposta a esta situação", acrescenta o hospital.

Segundo explicou na segunda-feira José Artur Paiva, a bactéria em causa vive em simbiose com o organismo mas, "quando exposta a antibióticos, estabelece uma modificação e passa a produzir uma enzima nova, que habitualmente não produz".

Estas enzimas, a que se chamam carbapenemases, fazem-na ser capaz de destruir um dos antibióticos mais potentes que existe.