Cavaquinhos chegam à Madeira e associação-museu já tem comissão científica

Exposição 70 Cavaquinhos é inaugurada esta sexta-feira na Funchal. Manuel Morais, Rui Vieira Nery e Salwa Castelo-Branco são os consultores da ACMC

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Exposição estreou-se nos Jerónimos e agora pode ser vista no Funchal ACMC

O cavaquinho chega hoje à terra da braguinha, como se chama o cavaquinho na Madeira. A exposição 70 Cavaquinhos, 70 Artistas (onde se exibem cavaquinhos pintados por igual número de artistas plásticos) é inaugurada esta sexta-feira no Salão Nobre do Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal, às 15h, e ali ficará até ao dia 30 de Abril. É é mais uma “paragem” desta exposição itinerante que, desde a sua estreia, em Lisboa, no Museu dos Jerónimos, já esteve em Braga, Coimbra, Viana do Castelo, Guimarães, Barcelos, Castro Marim e até em Montreux, no 11.º Salão de Arte Contemporânea.

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O cavaquinho chega hoje à terra da braguinha, como se chama o cavaquinho na Madeira. A exposição 70 Cavaquinhos, 70 Artistas (onde se exibem cavaquinhos pintados por igual número de artistas plásticos) é inaugurada esta sexta-feira no Salão Nobre do Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal, às 15h, e ali ficará até ao dia 30 de Abril. É é mais uma “paragem” desta exposição itinerante que, desde a sua estreia, em Lisboa, no Museu dos Jerónimos, já esteve em Braga, Coimbra, Viana do Castelo, Guimarães, Barcelos, Castro Marim e até em Montreux, no 11.º Salão de Arte Contemporânea.

Esta itinerância tem ajudado a chamar a atenção para a importância cultural deste instrumento e da sua prática. E este é um dos objectivos da Associação Cultural Museu Cavaquinho (ACMC) que, desde 2013, tem vindo – segundo Júlio Pereira, músico, compositor e presidente da ACMC – a desenvolver “intensa e variada actividade” para os concretizar, “nomeadamente os relativos à difusão, sensibilização e preservação do instrumento e da sua prática, num quadro social e ideológico de contemporaneidade.” Isso inclui, diz, “um exaustivo trabalho de inventário e respectiva memória descritiva de construtores e grupos de tocadores; a edição de um disco de um instrumentista/compositor de cavaquinho do tempo presente (O Cavaquinho do Amadeu); e a produção de uma exposição que alia o objecto físico do instrumento a manifestações de artes plásticas (70 Cavaquinhos, 70 Artistas)”, que agora chega à Madeira graças a uma parceria entre a ACMC e a Câmara Municipal do Funchal.

Por falar em parcerias, esta é outra área onde a AC Museu Cavaquinho, segundo Júlio Pereira, tem dado passos consistentes: “Foram e estão a ser celebrados acordos e assinados protocolos com Associações e Escolas de Música (entre as quais se encontram o Conservatório de Música de Coimbra e a ESMAE, Porto), bem como com Universidades (Aveiro, Minho, Coimbra, Lisboa) e Centros de Investigação (INET-Instituto de Etnomusicologia), de modo a proporcionar meios e recursos humanos que sustentem o alcance consequente de dois importantes objectivos do Museu Cavaquinho.” Que são, recorde-se, “a promoção e desenvolvimento do ensino do instrumento; e a investigação relativa às características intrínsecas ao cavaquinho e ao contexto histórico, social e antropológico − português, ibérico e europeu – em que ele se insere e actua.”

Outro passo relevante, devido à necessidade de “incluir na estrutura funcional da ACMC instâncias de curadoria − pedagógica e científica – que enquadrem e mobilizem os meios e recursos de que dispõe, assegurando o rigor do trabalho desenvolvido e o respectivo reconhecimento de autoridade”, foi a constituição de uma Comissão Consultiva Científica. Compõem-na os professores Manuel Morais, Rui Vieira Nery e Salwa Castelo-Branco.