Sócrates vai continuar sem acesso a escutas telefónicas

Tribunal da Relação de Lisboa mantém decisão do juiz Carlos Alexandre.

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O antigo primeiro-ministro continua proibido de contactar com outros arguidos Fernando Veludo/NFactos (arquivo)

O Tribunal da Relação de Lisboa rejeitou nesta quinta-feira um recurso do ex-primeiro-ministro José Sócrates contra a decisão do juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, Carlos Alexandre, de lhe negar o acesso a escutas telefónicas da Operação Marquês.

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O Tribunal da Relação de Lisboa rejeitou nesta quinta-feira um recurso do ex-primeiro-ministro José Sócrates contra a decisão do juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, Carlos Alexandre, de lhe negar o acesso a escutas telefónicas da Operação Marquês.

Fonte da Relação de Lisboa adiantou à agência Lusa que os juízes desembargadores da 9.ª secção decidiram "manter a decisão" tomada pelo juiz.

Recentemente, José Sócrates viu retirada a medida de coacção que o impedia de sair do país sem autorização judicial, conforme referiu à agência Lusa um dos advogados de defesa do antigo líder do PS. "A proibição de sair do país foi levantada a semana passada", precisou João Araújo.

José Sócrates é um dos 12 arguidos da Operação Marquês, tendo sido detido a 21 de Novembro de 2014, no Aeroporto de Lisboa, indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito.

José Sócrates esteve preso preventivamente mais de nove meses, tendo esta medida de coacção sido alterada para prisão domiciliária, com vigilância policial, a 4 de Setembro de 2015.

Desde Outubro que está em liberdade, mas proibido de contactar com outros arguidos do processo e com Termo de Identidade e Residência (TIR), medida de coacção que é comum a qualquer arguido.

Entretanto, o Ministério Público fixou 15 de Setembro como prazo limite para que o Ministério Público conclua o inquérito da Operação Marquês.