Brasil, um muro de ressentimentos
Não há violência na imagem, mas não deixa de ser chocante. Em Brasília, com as torres do Palácio do Planalto ao fundo, operários erguem um muro alto que irá dividir os manifestantes pró e contra Dilma (e o PT), no dia em que for a votos a impugnação da Presidente no Congresso. O que pode acontecer já no próximo domingo, 17 de Abril, ou na terça-feira seguinte, dia 19. O que o muro não deixa ver, mas sugere, é a divisão real de um país perante um processo onde ninguém está isento de culpas e onde a clareza e o discernimento necessários às grandes decisões políticas estão, há muito, ausentes. A tal ponto que, numa sondagem recente do Instituto Datafolha, seis em cada dez brasileiros não querem Dilma nem Temer (o líder do PMDB, que poderá ficar no lugar de Dilma caso ela seja afastada do cargo), defendendo a impugnação dos dois. A votação será um enfrentamento quase irracional de dois Brasis. Com um muro de ressentimentos ao meio.
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Não há violência na imagem, mas não deixa de ser chocante. Em Brasília, com as torres do Palácio do Planalto ao fundo, operários erguem um muro alto que irá dividir os manifestantes pró e contra Dilma (e o PT), no dia em que for a votos a impugnação da Presidente no Congresso. O que pode acontecer já no próximo domingo, 17 de Abril, ou na terça-feira seguinte, dia 19. O que o muro não deixa ver, mas sugere, é a divisão real de um país perante um processo onde ninguém está isento de culpas e onde a clareza e o discernimento necessários às grandes decisões políticas estão, há muito, ausentes. A tal ponto que, numa sondagem recente do Instituto Datafolha, seis em cada dez brasileiros não querem Dilma nem Temer (o líder do PMDB, que poderá ficar no lugar de Dilma caso ela seja afastada do cargo), defendendo a impugnação dos dois. A votação será um enfrentamento quase irracional de dois Brasis. Com um muro de ressentimentos ao meio.