Novo circo, jazz e electrónica são aposta do São Francisco, em Coimbra
O Convento São Francisco - Coimbra Cultura e Congressos, que reabre na sexta-feira, dia 8 de Abril, "é um espaço maior do que a cidade"
O Convento São Francisco aposta na criação de uma mostra de novo circo, num festival de jazz e blues e num de electrónica, apresentando também a Coimbra, já no segundo trimestre, Maria Rita, Benjamin Clementine e Michael Nyman.
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O Convento São Francisco aposta na criação de uma mostra de novo circo, num festival de jazz e blues e num de electrónica, apresentando também a Coimbra, já no segundo trimestre, Maria Rita, Benjamin Clementine e Michael Nyman.
O Convento São Francisco - Coimbra Cultura e Congressos, que reabre na sexta-feira, dia 8 de Abril, "é um espaço maior do que a cidade", disse à agência Lusa o consultor do equipamento gerido pela Câmara de Coimbra, João Aidos. Por isso, será necessário criar "dois a três eventos-âncora" por ano, que envolvam a cidade e que permitam ir "buscar públicos à região e mesmo ao Porto e a Lisboa". É com essa perspectiva que é já promovido entre 26 de abril e 01 de maio a Mostra de Novo Circo, um evento anual que na sua primeira edição leva à cidade "cerca de 40 espectáculos" de companhias da Ucrânia, França, República Checa e Itália, sublinhou João Aidos.
Para além do novo circo, o Convento São Francisco vai apostar na criação de um festival de jazz e blues, que junta a actividade já regular do Jazz ao Centro com o "Coimbra em Blues", um evento que já não se realiza e que foi programado pelo músico Paulo Furtado, também conhecido pelo projeto The Legendary Tiger Man.
A música electrónica e o vídeo serão outro foco deste novo equipamento com um grande auditório de 1.125 lugares, afirma João Aidos, referindo que quer fazer um festival "entre o Semibreve [em Braga] e o Sónar [em Barcelona]". O "responsável pela programação" assegura ainda que pretende organizar ciclos de música contemporânea e música de câmara, bem como outros pequenos eventos, como cinema ao ar livre.
Para João Aidos, não há outra possibilidade se não o espaço trabalhar "a nível nacional e para a região". Quanto às artes visuais e plásticas, com um espaço expositivo permanente de 1.600 metros quadrados, o consultor realçou a importância de se complementar a oferta que já existe no Centro de Artes Visuais e no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra.
No fim de semana, o espaço reabre com a apresentação da peça Dos Bichos, protagonizada pela companhia O Bando. Também já há vários músicos agendados para o São Francisco. Até final de Junho sobem ao palco Josephine Foster (16 Abril), Mão Morta & Remix Ensemble (16 Abril), JP Simões (17 Abril), Pedro Burmester e Mário Laginha (22 Abril), Michael Nyman (14 Maio), Takami Nakamoto e Sebastien Benoits (20 Maio), Quinteto Sandro Norton e Garry Burton (21 Maio), Benjamin Clementine (03 ou 04 de Junho, com data a confirmar) e Maria Rita (25 Junho).
A existência de um auditório com 1.125 lugares vem permitir que a cidade se posicione nas "rotas internacionais" de espectáculos que antes não passavam por Coimbra, sublinhou a vereadora da Câmara Carina Gomes. Outra área central deste projecto é a recepção de congressos, estando já confirmados cerca de 30 para 2016 e início de 2017. Neste sector, o Convento pretende acolher o "Convention Bureau" para promover "toda a área de congressos da região Centro de forma internacional", informou a vereadora.
O espaço recebeu um investimento de 42 milhões de euros e tem um orçamento "provisório" de 1,5 milhões de euros para funcionamento e programação.