Crédit Suisse, HSBC e Société Générale entre os maiores bancos a criar offshores
Os dez bancos mais dinâmicos no Panama Papers são europeus.
As dez instituições financeiras mais dinâmicas no pedido de criação de offshores em regimes fiscais de excepção são europeias e integram o Crédit Suisse, o UBS, o HSBC e a Société Générale, através de filiais detidas maioritariamente no Luxemburgo, revela o site do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ), dedicado aos Panama Papers.
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As dez instituições financeiras mais dinâmicas no pedido de criação de offshores em regimes fiscais de excepção são europeias e integram o Crédit Suisse, o UBS, o HSBC e a Société Générale, através de filiais detidas maioritariamente no Luxemburgo, revela o site do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ), dedicado aos Panama Papers.
A liderança pertence à Experta Corporate & Trust Services, detida pelo Banco Internacional do Luxemburgo. Segue-se o grupo suíço Banque J. Safra Sarasin, através da filial no Luxemburgo.
A terceira posição pertence ao Crédit Suisse, através de filial na Islândia, e a sexta ao também suíço UBS AG. O gigante inglês HSBC está duplamente representado, em quarto e quinto lugar, através das filiais do Mónaco e da Suíça.
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Destaca-se ainda o francês Société Générale Bank, mas através do Luxemburgo. As restantes instituições são Coutts & CO Trustees (Jersey) Limited e o alemão Rothschild Trust Guernsey Limited.
No total, mais de 500 bancos, filiais de bancos e outras sociedades financeiras recorreram à firma Mossack Fonseca, para criar mais de 15 mil empresas em paraísos fiscais com reduzido ou nulo controlo da origem do dinheiro.
O escritório de advogados Fonseca trabalhava com intermediários financeiros de mais de 100 países em todo o mundo.
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Por origem, a liderança dos clientes na abertura e encerramento de offshores pertence a Hong Kong, região administrativa especial da China, seguida do Reino Unido, Suíça, Estados Unidos. O Luxemburgo está em sétimo lugar, seguindo-se vários países da América Central e do Sul, incluindo o Brasil.
Toda esta informação está nos 11,5 milhões de documentos da base de dados da empresa Mossack Fonseca, revelados pelo ICIJ e que apresenta os Panama Papers como “uma das maiores fugas de informação de sempre”.