A Maria
Até Deus precisa de ajuda. E a Maria ajuda.
Os grandes corações, tão raros e tão maiores do que os nossos, nunca nos fazem sentir o que somos: inferiores.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os grandes corações, tão raros e tão maiores do que os nossos, nunca nos fazem sentir o que somos: inferiores.
Aqui em Almoçageme há uma pessoa risonha e bondosa que diverte e ajuda ao mesmo tempo. É a grande Maria: uma rainha inteligente e sensível, eterna e sempre bem-disposta a quem centenas de animais, humanos ou não, devem a vida.
É absolutamente honesta: não mente nem finge. É gloriosa por ser como é. Quantas outras pessoas se podem orgulhar da mesma coisa? Lá está: nenhuma. Porque a Maria é incapaz de se orgulhar. A Maria só agradece o facto de ter um coração - por muito que isso que lhe custe, em horas de trabalho, despesa e sacrifício, para ajudar os seres com menos sorte e simpatia do que ela.
Toda a família dela é boa, sincera e benfeitora. É casada com o grande humorista Senhor Amorim. Espalham alegria. As filhas e o neto e a neta seguem o mesmo feliz caminho. O Café Moinho Verde é um dos corações, tão cheios de vida como dadores de vida, de Almoçageme. As torradas em pão saloio e os galões que as acompanham fazem delirar as mais exigentes entidades gastronómicas.
Quando um cão matou a gata que nós amávamos há 15 anos, a quem chamámos Marieta, foi a Maria que a levou para enterrar.
A Maria é uma força de Deus. As gargalhadas dela são libertações. O coração dela transforma todas as aflições em provas inegáveis de empatia e de solidariedade.
A Maria ajuda. A Maria é uma ajudante de Deus. Até Deus precisa de ajuda. E a Maria ajuda.