Filme de Leonor Teles volta a ganhar prémio, desta vez em Hong Kong
A Balada de um Batráquio conquista prémio de Melhor Curta no Festival de Cinema de Hong Kong.
A Balada de um Batráquio, da realizadora Leonor Teles, ganhou este sábado o Prémio Firebird da competição internacional de curtas-metragens do Festival de Cinema de Hong Kong, uma das montras de cinema mais importantes da Ásia, segundo anunciou a página de Facebook da produtora Uma Pedra no Sapato.
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A Balada de um Batráquio, da realizadora Leonor Teles, ganhou este sábado o Prémio Firebird da competição internacional de curtas-metragens do Festival de Cinema de Hong Kong, uma das montras de cinema mais importantes da Ásia, segundo anunciou a página de Facebook da produtora Uma Pedra no Sapato.
O prémio Melhor Curta é uma das cinco distinções principais do festival, que este ano vai 40.ª edição, tendo a cerimónia de entrega decorrido esta noite em Hong Kong. O Firebird para Cinema Jovem, foi para Life After Life (2016), de Zhang Hanyi (China), o Firebird para Documentário para Behemoth (2015), de Zhao Liang (China), o prémio FIPRESCI para The Island Funeral (2015), de Pimpaka Towira (Tailândia), e o prémio SIGNIS para Land Of Mine (2015), de Martin Zandvliet (Dinamarca).
A realizadora portuguesa de 23 anos já tinha ganho em Fevereiro deste ano o Urso de Ouro para as curtas no Festival de Cinema de Berlim com o mesmo filme de 11 minutos, onde explora os mal-entendidos e xenofobia em relação à etnia cigana, a propósito da superstição de colocar sapos de louça à porta das lojas para impedir a entrada de ciganos. Leonor Teles tem ascendência cigana por parte do pai.
O filme da jovem cineasta portuguesa, que competia com 19 outros na secção das curtas, foi premiado por um júri composto por John Canciani, Kiki Fung, Amos Why, que destacou a capacidade de falar dos problemas das minorias através do humor: “Por detrás de um filme aparentemente simples, está uma narrativa inteligente e profunda que oferece uma alegoria histórica e política capaz de articular uma mensagem humanística importante através do humor. A Balada de um Batráquio lembra-nos o poder do cinema para ser livre, inventivo e para falar dos oprimidos.”
Em Hong Kong foram incluídos no programa geral deste ano os filmes portugueses Visita ou Memórias e Confissões, de Manoel de Oliveira, a trilogia As Mil e uma Noites, de Miguel Gomes, e Cartas da Guerra, de Ivo Ferreira, que também esteve em competição no Festival de Berlim em Fevereiro. Integram ainda o cartaz de Hong Kong, que junta 240 filmes de 66 origens, os documentários Os Olhos de André, do realizador António Borges Correia, e Eldorado XXI, realizada por Salomé Lamas e uma coprodução luso-francesa.
O filme estreia em Portugal na competição internacional do Festival IndieLisboa, dia 21 de Abril, e no dia 28 de Abril estreia comercialmente em várias salas de cinema do país.
Notícia actualizada às 17h20, com os outros prémios do festival