As vozes críticas dentro do PSD

Estes são três dos rostos que têm reclamado alguma renovação no PSD.

Pedro Duarte

A verdade faz-nos mais fortes

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Pedro Duarte

Um nome que podia ser da direcção

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Se quisesse, Pedro Duarte podia regressar à política activa e fazer parte da direcção de Passos Coelho. Mas neste momento não está disponível para voltar ao mundo que deixou há cinco anos. Foi líder da JSD e recentemente interrompeu a sua vida profissional (é director de legal affairs na Microsoft) para dirigir a campanha eleitoral às presidenciais de Marcelo Rebelo de Sousa. É uma das figuras que não se coíbe de criticar o líder por este ter defendido que o Governo e o Presidente da República não devem interferir na banca. “As declarações sobre o sistema financeiro são preocupantes, porque são demasiado liberais. O Estado não pode ficar de fora da estabilidade do sistema financeiro”, apontou o ex-deputado, em declarações ao PÚBLICO. A posição tinha um recado para Marcelo Rebelo de Sousa e o Presidente respondeu um dia depois, confirmando a necessidade de o Estado zelar pela estabilidade do sector financeiro. Foi um tiro na iniciativa política de Passos Coelho. Nos últimos meses, Pedro Duarte tem vindo a reclamar a renovação do partido: “Espero que do congresso saia o virar de página e o compromisso com o futuro. Independentemente do balanço positivo do que o Governo de Passos fez, o passado é passado. É preciso pôr um ponto final na perspectiva de 2010 e de 2011”. E isso significa que o PSD “tem de ter um projecto ambicioso e com esperança, não se ficando pelas propostas de cariz financeiro”.

José Eduardo Martins

O crítico que se distanciou de Passos Coelho

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Esteve com Passos Coelho na JSD, mas ao longo dos anos distanciaram-se. José Eduardo Martins, deputado entre 1999 e 2011, já disse que irá ao congresso dizer o que pensa. E a sua opinião é crítica sobre alguns aspectos da governação de Passos Coelho. O antigo apoiante de Manuela Ferreira Leite tem defendido que o ex-primeiro-ministro encostou o PSD à direita e dá como exemplo a abolição dos feriados, medida que considera não acrescentar produtividade e ser meramente castigadora. O antigo apoiante de Manuela Ferreira Leite assumiu que, neste momento, não tinha condições para protagonizar uma candidatura alternativa à liderança do PSD, apesar de criticar a forma “solitária” como Passos Coelho exerce o poder. Num artigo publicado na Visão da passada semana, o ex-secretário de Estado barrosista pediu renovação no partido. Há muito que o advogado aponta este congresso como “decisivo” para o PSD.  

Nuno Morais Sarmento

O barrosista que admite vir a ser candidato a líder

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O antigo número dois de Durão Barroso não fecha a porta a ser candidato à liderança do PSD. A duas semanas do congresso, Nuno Morais Sarmento deu uma entrevista à Antena 1 e atribuiu um prazo de vida curto a Passos Coelho. O antigo ministro, que tem estado afastado da vida política activa, disse que hoje Passos Coelho é o “líder ideal”, mas que daqui a um ano não sabe se dirá o mesmo. E admitiu que o actual presidente do partido “só com muita dificuldade poderá ser candidato a primeiro-ministro daqui a três anos”. O antigo vice-presidente do PSD considera que o congresso é uma oportunidade de “discutir ideias, tirar lições do passado e preparar o partido para o futuro”. É provável que suba ao palco em Espinho este fim-de-semana.