500 criativos participam no festival da indústria digital em Tróia
A 4.ª edição do Trojan Horse was a Unicorn acontece de 18 a 24 de Setembro, em Tróia. As inscrições para aquele que é "um dos maiores eventos de recrutamento do mundo" estão esgotadas
Mais de 600 especialistas da indústria digital participam na 4.ª edição do Trojan Horse was a Unicorn (THU), um evento que reúne especialistas de todo o mundo, de 18 a 24 de Setembro, em Tróia, anunciou a organização. "O THU é, neste momento, o único evento do género que tem o apoio da Dinsey. Temos 600 inscritos e uma lista de espera com mais de 500 pessoas", disse, em conferência de imprensa, André Lourenço, que, juntamente com o norte-americano Scott Ross, é um dos principais impulsionadores do festival, este ano com o apoio do governo português.
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Mais de 600 especialistas da indústria digital participam na 4.ª edição do Trojan Horse was a Unicorn (THU), um evento que reúne especialistas de todo o mundo, de 18 a 24 de Setembro, em Tróia, anunciou a organização. "O THU é, neste momento, o único evento do género que tem o apoio da Dinsey. Temos 600 inscritos e uma lista de espera com mais de 500 pessoas", disse, em conferência de imprensa, André Lourenço, que, juntamente com o norte-americano Scott Ross, é um dos principais impulsionadores do festival, este ano com o apoio do governo português.
"É um dos maiores eventos de recrutamento do mundo", acrescentou o setubalense, salientando o interesse das grandes empresas da indústria digital que procuram descobrir novos talentos. Para a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, "este tipo de eventos não só permite projectar a capacidade técnica dos jovens e dos empreendedores portugueses, como também é importante para que as pessoas percebam que as indústrias digitais podem ser desenvolvidas em qualquer sítio do mundo, e também em Portugal, que é um sítio óptimo para viver".
Apesar de disponibilizar apenas o apoio logístico solicitado pela organização, a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira (CDU), disse ter muito orgulho na participação do município neste evento que une as duas margens do rio Sado (Grândola e Setúbal) e que já é reconhecido a nível internacional. "A Câmara Municipal de Setúbal associa-se a este evento com um grande orgulho, não só por aquilo que representa este festival, mas também porque foi um setubalense [André Lourenço] que esteve na sua génese", disse.
"Estamos muito satisfeitos por o THU ter dado este salto qualitativo porque Setúbal vai ganhar muito com o evento, a promoção e o conhecimento que os participantes no encontro vão ter da cidade de Setúbal", acrescentou a autarca.
Apaixonado pela região de Setúbal e por Portugal é também o produtor norte-americano Scott Ross, que trabalhou com George Lucas e que, juntamente com James Cameron, fundou a empresa Digital Domain, vencedora de dois Óscares. Scott Ross, que marcou presença na conferência de imprensa através de videoconferência, salientou a importância cada vez maior desta indústria a nível global e respondeu, com ironia, ao desafio da secretária de estado do Turismo para se mudar para Portugal, fazendo depender a mudança do resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos.
O THU, que na primeira edição tinha um orçamento de 180 mil euros, deverá custar este ano 1,2 milhões de euros, valor suportado maioritariamente por grandes empresas da indústria digital. Nos últimos dois anos, André Lourenço ainda equacionou a possibilidade de mudar o evento para outro país devido à falta de apoios, tendo recebido propostas de nove países, mas, com a mudança de governo em Portugal, o festival acabou por permanecer em Tróia. "Houve uma mudança de atitude", disse, reconhecendo que sempre quis que a iniciativa continuasse ligada a Tróia e a Setúbal e lembrando que o THU é um evento ligado à indústria digital, que gera muitos postos de trabalho e grandes negócios, de milhões de dólares, em todo o mundo.