Dilma e o PT, um cerco que se aperta
Terá sido das reuniões mais curtas de sempre no Brasil: nuns singelos quatro minutos, o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) decidiu abandonar a coligação no poder e passar para o lado da oposição que tem vindo a bater-se pela impugnação de Dilma Rousseff como Presidente. Isto não significa a saída automática dos ministros do PMDB do governo, até porque Michel Temer ocupará automaticamente a Presidência caso Dilma caia. Mas, para a Presidente, é mais um rude golpe. O PT tem apenas 58 deputados e Dilma precisa de 171 votos para rechaçar o impeachment. Com a previsível (e agora confirmada) passagem do PMDB, de centro-direita, para o lado dos adversários de Dilma, e com a perspectiva de alguns pequenos partidos poderem seguir-lhe os passos, a situação complica-se ainda mais. Nada garante que os 69 deputados do PMDB votem pelo impeachment, mas dificilmente o PT romperá o cerco que se aperta à sua volta.
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Terá sido das reuniões mais curtas de sempre no Brasil: nuns singelos quatro minutos, o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) decidiu abandonar a coligação no poder e passar para o lado da oposição que tem vindo a bater-se pela impugnação de Dilma Rousseff como Presidente. Isto não significa a saída automática dos ministros do PMDB do governo, até porque Michel Temer ocupará automaticamente a Presidência caso Dilma caia. Mas, para a Presidente, é mais um rude golpe. O PT tem apenas 58 deputados e Dilma precisa de 171 votos para rechaçar o impeachment. Com a previsível (e agora confirmada) passagem do PMDB, de centro-direita, para o lado dos adversários de Dilma, e com a perspectiva de alguns pequenos partidos poderem seguir-lhe os passos, a situação complica-se ainda mais. Nada garante que os 69 deputados do PMDB votem pelo impeachment, mas dificilmente o PT romperá o cerco que se aperta à sua volta.