Dois cientistas do IGC ganham bolsas de mais de um milhão de dólares
Projectos foram financiados pela organização Human Frontier, em França.
Equipas coordenadas por dois investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), em Oeiras, vão receber, cada uma, uma bolsa de mais de um milhão de dólares (à volta de um milhão de euros), atribuída pela organização Human Frontier, anunciou esta terça-feira a instituição portuguesa.
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Equipas coordenadas por dois investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), em Oeiras, vão receber, cada uma, uma bolsa de mais de um milhão de dólares (à volta de um milhão de euros), atribuída pela organização Human Frontier, anunciou esta terça-feira a instituição portuguesa.
As equipas de Ana Domingos, investigadora principal do Grupo de Obesidade, e Ivo Telley, investigador principal do Grupo de Princípios Físicos da Divisão Nuclear, foram contempladas com 1,05 e 1,35 milhões de dólares (938 mil euros e 1,2 milhões de euros), respectivamente, por um período de três anos.
Os dois cientistas coordenam, em Portugal, grupos de investigação de diferentes países, no âmbito dos projectos que estão a desenvolver. As bolsas foram concedidas ao abrigo do programa Human Frontier para jovens investigadores. Ao todo, este ano, a Human Frontier, com sede em Estrasburgo (França), financiou um total de sete projectos para jovens investigadores, abrangendo 22 cientistas. A organização financia cientistas e projectos de investigação básica ou fundamental que tenham um potencial inovador excepcional e criativo, em diferentes áreas das ciências da vida.
Ana Domingos, que estuda os mecanismos neuronais responsáveis pela degradação da gordura, vai colaborar com equipas dos Estados Unidos e da Alemanha, para compreender melhor “a anatomia dos neurónios que rodeiam a gordura e a função que têm, combinando técnicas sofisticadas de genética e microscopia optoacústica”, refere o comunicado do IGC.
De nacionalidade suíça, Ivo Telley estuda “o posicionamento do núcleo e o papel que tem o esqueleto da célula, durante as primeiras fases de desenvolvimento da mosca da fruta”. Em colaboração com equipas de Áustria, Espanha e Singapura, o cientista propõe-se investigar, “o rearranjo espacial de diferentes moléculas dentro das células e o seu impacto durante o desenvolvimento do plano corporal do animal”.