Nível de alerta para o Euro 2016 já era elevado antes dos ataques em Bruxelas

A pouco mais de três meses do início do Europeu de futebol, a segurança volta a ser o tema central, depois de ataques terroristas em Bruxelas.

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Franck Fife

O ministro do interior francês, Bernard Cazeneuve, considerou que os atentados da manhã desta terça-feira, em Bruxelas, lembram "tragicamente o alto nível de ameaça que existe” no âmbito do Euro 2016 de futebol.

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O ministro do interior francês, Bernard Cazeneuve, considerou que os atentados da manhã desta terça-feira, em Bruxelas, lembram "tragicamente o alto nível de ameaça que existe” no âmbito do Euro 2016 de futebol.

Bernard Cazeneuve falou à saída de uma reunião da comissão de controlo da segurança do Europeu, poucas horas após os atentados em Bruxelas, no aeroporto e metro, dos quais resultaram, até agora, 34 mortos e 187 feridos.

“Não podemos subir constantemente o que já está num nível muito elevado [alerta de segurança] desde os ataques em Janeiro de 2015 [no Charlie Hebbdo, em Paris]”, acrescentou o ministro, em resposta a uma possível subida dos níveis de alerta.

Na reunião da comissão de controlo estiveram o ministro francês dos desportos, Patrick Kanner, o presidente do Comité Organizador do Euro2016, Jacques Lambert, e o representante das cidades anfitriãs, Alain Juppé, presidente da Câmara de Bordéus.

A comissão aprovou as medidas anunciadas após os ataques de Paris, em 13 de Novembro: revista sistemática à entrada das zonas de adeptos, detectores de metais, a intervenção de equipas de desminagem e a instalação de sistemas de vídeo vigilância.

A segurança nas zonas de adeptos e nos centros das cidades terá um custo estimado de 17 milhões de euros e a UEFA já prometeu um contributo até três milhões, embora Alain Juppé tenha indicado que a França irá pedir mais um milhão.

O estado francês contribuirá em 80% os custos da vídeo vigilância, na ordem dos dois milhões de euros.

A segurança nos estádios, as sedes das selecções, hotéis oficiais e centro de imprensa são responsabilidade da UEFA, que colocará nestes sítios mais de 10.000 efectivos de segurança privada, mais sete por cento em relação ao que estava previsto em Novembro.

Ao todo, estima-se que durante o mês de competição cerca de 2,5 milhões de espectadores assistam a jogos nos estádios e mais de sete milhões em zonas reservadas a adeptos. com Lusa