Plataforma tem 704 vagas para acolher refugiados

Portugal lidera o processo de acolhimento, sendo o país que acolhe mais refugiados 'per capita', avançou Rui Marques, coordenador da plataforma.

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Segundo Rui Marques, coordenador da PAR, aos 600 lugares que estavam disponíveis desde Outubro, somam-se agora mais 104 Paulo Pimenta/Arquivo

A Plataforma de Apoio aos Refugiados pode acolher, a partir desta segunda-feira, um total de 704 refugiados, com o alargamento da rede a novas instituições, que já ultrapassam as 300, disse à Lusa o coordenador da PAR. Tendo em conta que o ritmo de chegada de refugiados a Portugal se intensificou nos últimos tempos, a PAR decidiu promover o alargamento da rede de instituições anfitriãs de famílias de refugiados.

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A Plataforma de Apoio aos Refugiados pode acolher, a partir desta segunda-feira, um total de 704 refugiados, com o alargamento da rede a novas instituições, que já ultrapassam as 300, disse à Lusa o coordenador da PAR. Tendo em conta que o ritmo de chegada de refugiados a Portugal se intensificou nos últimos tempos, a PAR decidiu promover o alargamento da rede de instituições anfitriãs de famílias de refugiados.

Segundo o coordenador da PAR, aos 600 lugares que estavam disponíveis desde Outubro, somam-se mais 104 com os protocolos assinados esta segunda-feira com novas instituições, numa cerimónia na Câmara Municipal de Lisboa. "Recentemente, Portugal duplicou a sua capacidade de acolhimento e a plataforma está também disponível para ir aumentando consoante as necessidades dessa capacidade de acolhimento", disse Rui Marques.

Questionado pela Lusa sobre se o processo de recolocação dos refugiados já começou a desbloquear, Rui Marques disse ter esperança que sim, mas, ressalvou, "ainda não é evidente que a nossa esperança esteja a ser concretizada de uma forma definitiva". Segundo Rui Marques, Portugal é um dos países que está a liderar este processo: "Em termos absolutos somos o segundo país que acolheu mais refugiados no programa de recolocação e em termos 'per capita' somos o primeiro".

Para o responsável, é necessário continuar a "haver pressão sobre as instâncias comunitárias", apoiando o Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo (EASO) para que "possa ser mais ágil" na gestão desta questão, mas também ajudando a Grécia e a Itália nos processos de registo, identificação e selecção de pessoas para participarem no programa. "Com a situação tão grave que se vive hoje na Grécia, com dezenas de milhares de refugiados bloqueados devido ao fecho das fronteiras, é mais do que nunca urgente que o programa funcione", defendeu.

Rui Marques adiantou que já estão em Portugal 149 refugiados, distribuídos por várias organizações que têm garantido o seu acolhimento, mas assegura que o país "tem capacidade instalada para muitos mais". A decisão de Portugal acolher cerca de 4500 pessoas, ao abrigo do Programa de Relocalização de Refugiados na União Europeia, foi avançada em Setembro passado e as organizações envolvidas neste processo criaram um plano de acolhimento.

A Plataforma de Apoio aos Refugiados, que surgiu para ajudar a minimizar o impacto da grave crise humanitária que se vive actualmente a nível mundial e da qual fazem parte várias organizações, tem duas áreas de actuação: uma focada no acolhimento e integração de crianças refugiadas e das suas famílias em Portugal (PAR Famílias) e outra focada no apoio aos refugiados no seu país de origem (PAR Linha da Frente).