PÚBLICO alarga direcção para aumentar resposta digital
Dois novos directores adjuntos têm pelouros dedicados às plataformas móveis e à expansão de audiências.
Num esforço contínuo de se transformar à medida que o mundo se transforma, o PÚBLICO nomeou para a direcção editorial dois jornalistas com larga experiência digital.
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Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Num esforço contínuo de se transformar à medida que o mundo se transforma, o PÚBLICO nomeou para a direcção editorial dois jornalistas com larga experiência digital.
Sérgio B. Gomes e Victor Ferreira, os dois novos directores adjuntos, irão estar focados nas respostas inovadoras que os desafios actuais exigem, em particular as plataformas móveis e a expansão de audiências.
Sérgio B. Gomes juntou-se ao PÚBLICO em 1999 para integrar a equipa pioneira do Público Online, onde é editor de Plataformas e Multimédia desde 2011. Victor Ferreira fez parte da equipa original do suplemento Local Minho, criado em 2002, foi editor online e é desde 2013 coordenador da redacção do Porto.
A profunda mudança de hábitos de leitura dos últimos dez anos fez desaparecer do mercado português 200 mil exemplares nos diários generalistas. Hoje, vendem-se apenas 170 mil jornais por dia; em 2005, vendiam-se 360 mil. Todos sabemos o que aconteceu: passámos a poder escolher entre comprar um jornal em papel ou ler gratuitamente as notícias nos sites e apps que temos sempre à mão.
Esta mudança cultural e tecnológica representa um desafio seríssimo para a sustentabilidade dos jornais, uma das razões pelas quais o PÚBLICO iniciou em 2013 um sistema de assinaturas digitais. Uma das boas notícias é que temos neste momento 12,5 mil assinantes digitais, mais quatro mil do que no ano passado (um aumento de 47%). No digital, a nossa quota de mercado é agora de 44%.
A outra boa notícia é que esta mudança tecnológica dá força e relevância ao jornalismo. O PÚBLICO nunca teve tantos e tão variados leitores como hoje, em Portugal e no mundo. Só no Brasil, temos por mês entre um e dois milhões de leitores. Em Portugal, o mercado dos jornais em papel caiu 50% nos últimos dez anos, mas hoje, por causa das novas tecnologias, o PÚBLICO é lido por mais de 300 mil pessoas por dia. Por mês, temos cerca de 12 milhões de visitas e, em média, mais de 50 milhões de pageviews. Tudo junto, fechámos 2015 com uma quota de mercado na edição impressa estável (média de 20 mil jornais vendidos por dia) e somos o jornal que mais cresceu em circulação total paga (jornais vendidos em banca, mais assinaturas digitais, numa média diária de 33.675 edições compradas), num contexto em que praticamente todos os jornais desceram.
O “papel” está a cair, mas não vai desaparecer tão cedo. Ainda há muitas pessoas que preferem ler jornais em papel e ainda só 64% dos cidadãos acima dos 15 anos usa a Internet em Portugal, apesar de ser um dos países europeus onde a digitalização se está a processar a um ritmo mais rápido.
O fundamental do nosso trabalho resume-se numa frase. Como há 26 anos, o PÚBLICO tem três tarefas: fazer jornalismo rigoroso e independente; inovar e estar onde os leitores estão.