Ninguém gosta do novo formato de qualificação
Patrões das escuderias reúnem-se neste domingo para discutir o regresso ao formato antigo.
Os pilotos não gostam, os patrões das equipas não gostam e o público também não. O novo formato de qualificação na Fórmula 1 foi universalmente criticado após os treinos de qualificação para o Grande Prémio da Austrália, a primeira prova do Mundial. Lewis Hamilton (Mercedes) dominou a sessão e conquistou a primeira pole position da época e a 50.ª da carreira, mas até o piloto britânico, que é o campeão em título, considerou que este novo formato deve ser abandonado.
"Desde o início que andamos a dizer que esta não é a maneira certa, mas não podíamos deitá-la abaixo até a experimentarmos", disse o campeão em título após a qualificação no circuito de Melbourne. De acordo com os novos regulamentos, mantêm-se as três sessões, mas, em vez de haver eliminações dos mais lentos apenas no final de cada uma, os pilotos são eliminados durante as sessões a cada 90 segundos. A intenção era aumentar a espectacularidade das sessões de qualificação, mas a opinião unânime é que esta nova solução fez exactamente o contrário.
Nesta primeira experiência, Hamilton dominou, como se esperava, a sessão e, nos últimos minutos, não havia nenhum carro em pista, já que os pilotos ainda em prova preferiram poupar os pneus para a corrida, o que, segundo os protagonistas, retirou a incerteza e a espectacularidade normalmente associadas à qualificação da Fórmula 1. Até Bernie Ecclestone, perante este fracasso, admite que se pode voltar ao método antigo já para o próximo Grande Prémio, no Bahrein, a 3 de Abril, sendo que os patrões das escuderias irão reunir-se neste domingo para discutir o assunto. "Isto foi ideia da FIA [Federação Internacional do Automóvel]. Se conseguirmos que toda a gente concorde com a mudança, podemos mudar", admitiu o patrão da F1, citado pela agência Reuters.
Na primeira sessão, que tem a duração de 16 minutos, os pilotos começam a ser eliminados após os primeiros sete minutos, até que restem 15 carros. Na segunda sessão, de 15 minutos, os pilotos começam a ser eliminados após seis minutos, até restarem oito. A terceira sessão, de 14 minutos, começa a ter eliminações após os primeiros 5m, até que fique definida a pole position.
Sebastian Vettel, terceiro na qualificação, foi um dos que preferiram não lutar pela pole position até à última volta. E foi, também ele, muito crítico. "Não sei porque é que estão todos tão surpreendidos. Tinhamos de esperar para ver e não foi muito excitante. É uma loucura no início, com toda a gente a forçar e a tentar fazer uma boa volta. Mas, para as pessoas que estão na bancada, não é bom não ver carros na pista. O que as pessoas querem ver é a luta até ao limite pela pole position", lamenta o piloto alemão da Ferrari. Christian Horner, director da Red Bull, considera, inclusive, que "a Fórmula 1 deve pedir desculpas aos adeptos".
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Os pilotos não gostam, os patrões das equipas não gostam e o público também não. O novo formato de qualificação na Fórmula 1 foi universalmente criticado após os treinos de qualificação para o Grande Prémio da Austrália, a primeira prova do Mundial. Lewis Hamilton (Mercedes) dominou a sessão e conquistou a primeira pole position da época e a 50.ª da carreira, mas até o piloto britânico, que é o campeão em título, considerou que este novo formato deve ser abandonado.
"Desde o início que andamos a dizer que esta não é a maneira certa, mas não podíamos deitá-la abaixo até a experimentarmos", disse o campeão em título após a qualificação no circuito de Melbourne. De acordo com os novos regulamentos, mantêm-se as três sessões, mas, em vez de haver eliminações dos mais lentos apenas no final de cada uma, os pilotos são eliminados durante as sessões a cada 90 segundos. A intenção era aumentar a espectacularidade das sessões de qualificação, mas a opinião unânime é que esta nova solução fez exactamente o contrário.
Nesta primeira experiência, Hamilton dominou, como se esperava, a sessão e, nos últimos minutos, não havia nenhum carro em pista, já que os pilotos ainda em prova preferiram poupar os pneus para a corrida, o que, segundo os protagonistas, retirou a incerteza e a espectacularidade normalmente associadas à qualificação da Fórmula 1. Até Bernie Ecclestone, perante este fracasso, admite que se pode voltar ao método antigo já para o próximo Grande Prémio, no Bahrein, a 3 de Abril, sendo que os patrões das escuderias irão reunir-se neste domingo para discutir o assunto. "Isto foi ideia da FIA [Federação Internacional do Automóvel]. Se conseguirmos que toda a gente concorde com a mudança, podemos mudar", admitiu o patrão da F1, citado pela agência Reuters.
Na primeira sessão, que tem a duração de 16 minutos, os pilotos começam a ser eliminados após os primeiros sete minutos, até que restem 15 carros. Na segunda sessão, de 15 minutos, os pilotos começam a ser eliminados após seis minutos, até restarem oito. A terceira sessão, de 14 minutos, começa a ter eliminações após os primeiros 5m, até que fique definida a pole position.
Sebastian Vettel, terceiro na qualificação, foi um dos que preferiram não lutar pela pole position até à última volta. E foi, também ele, muito crítico. "Não sei porque é que estão todos tão surpreendidos. Tinhamos de esperar para ver e não foi muito excitante. É uma loucura no início, com toda a gente a forçar e a tentar fazer uma boa volta. Mas, para as pessoas que estão na bancada, não é bom não ver carros na pista. O que as pessoas querem ver é a luta até ao limite pela pole position", lamenta o piloto alemão da Ferrari. Christian Horner, director da Red Bull, considera, inclusive, que "a Fórmula 1 deve pedir desculpas aos adeptos".