Investigadoras do Porto criam luva que permite tratar osteoartrose e frieiras

As investigadoras Débora Pereira e Elsa Filipa Sousa desenvolveram o projecto no âmbito do Mestrado Integrado em Bioengenharia, na FEUP

Foto
tertia van rensburg/Unsplash

Duas investigadoras da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) desenvolveram um tipo de luva que incorpora uma tecnologia de aquecimento automático orientado para o tratamento de pessoas com osteoartrose e frieiras, através do calor.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Duas investigadoras da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) desenvolveram um tipo de luva que incorpora uma tecnologia de aquecimento automático orientado para o tratamento de pessoas com osteoartrose e frieiras, através do calor.

"Juntamos tecnologia, ciência e 'design' para criar um produto que, embora possa ser usado por qualquer pessoa, foi criado especialmente para as que sofrem destas patologias, utilizando o calor como tratamento", disse à Lusa uma das responsáveis pelo projecto, Débora Pereira.

A osteoartrose é uma doença crónica das articulações, que causa a degeneração da cartilagem e dos ossos e provoca dor, rigidez e redução das funcionalidades. O projecto deu origem à "startup" (empresa recém-criada) Smart Gloves, fundada em Setembro de 2015, que utiliza a termoterapia superficial na criação das suas luvas, podendo estas servir como uma alternativa a tratamentos dispendiosos e ao consumo de fármacos.

Segundo a investigadora, as luvas são produzidas com um "material parecido com um tecido, que se comporta como resistência e que permite ser aquecido", ao contrário das luvas convencionais que apenas isolam a pele do ar exterior. O sistema de aquecimento incorporado no produto, concebido diretamente pelos membros da equipa, é automático e permite ajustar a temperatura.

"Embora seja possível lavar o material, estamos a verificar agora como o podemos unir ao dispositivo que regula a temperatura para tornar a luva totalmente lavável", acrescenta. O produto, em fase de desenvolvimento e testes até Junho de 2016, vai ser comercializado a partir de para 2017, em farmácias e parafarmácias, referiu ainda a co-fundadora.

As investigadoras Débora Pereira e Elsa Filipa Sousa desenvolveram o projecto no âmbito do Mestrado Integrado em Bioengenharia, na FEUP.