Investigadoras do Porto criam luva que permite tratar osteoartrose e frieiras
As investigadoras Débora Pereira e Elsa Filipa Sousa desenvolveram o projecto no âmbito do Mestrado Integrado em Bioengenharia, na FEUP
Duas investigadoras da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) desenvolveram um tipo de luva que incorpora uma tecnologia de aquecimento automático orientado para o tratamento de pessoas com osteoartrose e frieiras, através do calor.
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Duas investigadoras da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) desenvolveram um tipo de luva que incorpora uma tecnologia de aquecimento automático orientado para o tratamento de pessoas com osteoartrose e frieiras, através do calor.
"Juntamos tecnologia, ciência e 'design' para criar um produto que, embora possa ser usado por qualquer pessoa, foi criado especialmente para as que sofrem destas patologias, utilizando o calor como tratamento", disse à Lusa uma das responsáveis pelo projecto, Débora Pereira.
A osteoartrose é uma doença crónica das articulações, que causa a degeneração da cartilagem e dos ossos e provoca dor, rigidez e redução das funcionalidades. O projecto deu origem à "startup" (empresa recém-criada) Smart Gloves, fundada em Setembro de 2015, que utiliza a termoterapia superficial na criação das suas luvas, podendo estas servir como uma alternativa a tratamentos dispendiosos e ao consumo de fármacos.
Segundo a investigadora, as luvas são produzidas com um "material parecido com um tecido, que se comporta como resistência e que permite ser aquecido", ao contrário das luvas convencionais que apenas isolam a pele do ar exterior. O sistema de aquecimento incorporado no produto, concebido diretamente pelos membros da equipa, é automático e permite ajustar a temperatura.
"Embora seja possível lavar o material, estamos a verificar agora como o podemos unir ao dispositivo que regula a temperatura para tornar a luva totalmente lavável", acrescenta. O produto, em fase de desenvolvimento e testes até Junho de 2016, vai ser comercializado a partir de para 2017, em farmácias e parafarmácias, referiu ainda a co-fundadora.
As investigadoras Débora Pereira e Elsa Filipa Sousa desenvolveram o projecto no âmbito do Mestrado Integrado em Bioengenharia, na FEUP.