Universidade do Porto “mostra a força que tem” no Rosa Mota
Mostra da Universidade do Porto começou esta quinta-feira e prolonga-se até Domingo.
Entrando no Pavilhão Rosa Mota, chama a atenção de quem por ali passa a presença de um balão de hélio que paira sobre uma bancada. Este é um dos projectos científicos de maior destaque nesta edição da Mostra da Universidade do Porto – que vai na 14ª edição, e que desde quinta-feira até Domingo vai estar presente naquele local.
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Entrando no Pavilhão Rosa Mota, chama a atenção de quem por ali passa a presença de um balão de hélio que paira sobre uma bancada. Este é um dos projectos científicos de maior destaque nesta edição da Mostra da Universidade do Porto – que vai na 14ª edição, e que desde quinta-feira até Domingo vai estar presente naquele local.
O projecto Bluecom +, fruto de investigação desenvolvida no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), é uma grande inovação tecnológica que pretende levar a internet até ao alto mar, através do balão. Segundo explicou ao PÚBLICO Rui Campos, mentor deste projecto e investigador sénior do INESC TEC, “o propósito deste projecto é tentar levar aquilo a que nós estamos habituados a usar em terra até ao mar”.
Entrando no pavilhão, centenas de bancas espalhadas ao longo do espaço dão a conhecer todo o universo das 29 unidades de investigação e ensino da universidade. Alunos, docentes e investigadores, todos abdicam do seu tempo livre, em regime de voluntariado, para dar a conhecer aos visitantes da mostra toda a oferta que a UP tem disponível, desde a parte formativa até a apresentação de projectos desenvolvidos pelos alunos e investigadores das mais diferentes áreas.
Centenas de jovens oriundos de escolas de todo o norte e centro do país percorrem as bancas, onde são acolhidos por estudantes que lhes apresentam a oferta formativa dos cursos, esclarecem dúvidas àqueles que possivelmente serão futuros candidatos à UP e apresentam também os projectos por eles desenvolvidos.
Mas não é de palavreado que esta mostra vive. Os visitantes metem mãos à obra e alguns dão mesmo o corpo ao manifesto e podem participar em mais de uma centena de actividades interactivas. Rastreios dentários feitos pelos estudantes de medicina dentária, aulas de pintura e desenho pelos de belas artes - entre outros - tudo está ao alcance de quem visita a feira.
A maior parte dos visitantes do primeiro dia foram estudantes em final de ciclo (9º e 12º anos), que, no final do ano, terão que escolher um novo percurso académico. Andreia Sousa, professora, e os seus alunos, do 12º ano, vieram da Trofa. Ajudar a escolher o percurso a seguir é o principal objectivo da visita. Francisca Costa, de 17 anos, aluna de Ciências e Tecnologias, afirma que a exposição foi bastante acolhedora e esclarecedora.
“São uma camada que está ávida por conhecimento. O que eu noto e que é um facto que me deixa fascinado é que os jovens ficam fascinados com tudo o que mete a ciência. Coisas que muitas vezes nem sabem que existem!”. As palavras são do professor Paulo Simeão, do departamento de Física e Astronomia da faculdade de Ciências da UP. Para este docente, este é um evento importante, pois é uma maneira de mostrar o que de melhor se faz no país. Ao PÚBLICO diz que não só os jovens, mas toda a população deve visitar a feira. "Vejam em que é que são investidos os seus impostos, que depois também revertem para a investigação e para as universidades. É importante que todos percebam que a investigação que se faz nas universidades é importante para o desenvolvimento do país”.
Os estudantes universitários dão corpo e voz às iniciativas que aqui se desenvolvem. Rafael Campos, aluno de Economia no 2º ano reconhece uma grande importância à iniciativa. “Foi graças à passagem nesta feira enquanto aluno do secundário que decidi que queria seguir economia”. Rafael e o seu colega Gonçalo Leal destacam também a quantidade de actividades que a UP disponibiliza aos seus estudantes para os estimular. Desde campeonatos desportivos até à actividade cultural, há muitas iniciativas, garantem, que fazem com que o alunos se sintam “muito satisfeitos” com a sua universidade.
O reitor da UP, Sebastião Feyo de Azevedo, mostrou-se impressionado com a mostra."Quer enquanto investigador, quer como cidadão, não consigo deixar de ficar maravilhado com aquilo que os alunos e os colegas aqui apresentam à comunidade", disse ao PÚBLICO. Para o reitor, esta feira mostra “a força da universidade”, e “ajuda as pessoas ao verem, a perceber aquilo que são capazes de fazer”.
Para a edição deste ano, a UP espera mais de 10.000 visitantes e já estão inscritas 75 escolas para participar na mostra, números que o reitor considera importantes e que demonstram o interesse da sociedade pela vida académica.
Texto editado por José António Cerejo