Mangualde recupera cineteatro de Keil do Amaral
A obra de requalificação será feira pelo arquitecto José Miguel Almeida e está orçamenta em 1,2 milhões de euros
O cineteatro de Mangualde, um edifício que se encontra degradado em pleno coração da cidade, vai ser alvo de obras de requalificação que rondam os 1,2 milhões de euros, disse na terça-feira o presidente da câmara local, João Azevedo. O cineteatro foi feito pelo arquitecto Francisco Keil do Amaral, em 1947-48, uma referência da arquitectura moderna portuguesa.
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O cineteatro de Mangualde, um edifício que se encontra degradado em pleno coração da cidade, vai ser alvo de obras de requalificação que rondam os 1,2 milhões de euros, disse na terça-feira o presidente da câmara local, João Azevedo. O cineteatro foi feito pelo arquitecto Francisco Keil do Amaral, em 1947-48, uma referência da arquitectura moderna portuguesa.
“Através do PEDU [Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano, de fundos comunitários], temos uma verba de cerca de 1,2 milhões de euros para recuperar o Cineteatro", disse o presidente da câmara, acrescentando que tinham entregue a reabilitação do edifício ao arquitecto José Miguel Almeida. "Esperamos devolver a Mangualde este edifício histórico que merece estar aberto”, revelou.
No final de uma visita ao edifício, que contou com a presença do ministro da Cultura, João Soares, e do empresário Jorge Coelho, ex-ministro socialista, o autarca de Mangualde explicou que o município adquiriu o Cineteatro Império em 2013, por cerca de 230 mil euros.
“Vamos lançar o concurso de obra ainda este ano. Contamos que seja mais para o final do ano”, acrescentou. O edifício - que se encontra fechado desde 1984 e cuja cobertura começou a ruir em 1993 - vai manter a sala principal com as mesmas proporções, tendo capacidade para 400 pessoas. Serão ainda criadas salas de ensaio e multiusos.
O ministro da Cultura, João Soares, aproveitou a ocasião para felicitar a Câmara de Mangualde pela “decisão absolutamente notável de recuperação do património, ainda por cima tratando-se de uma obra de um arquitecto tão importante como foi Keil do Amaral”. “São exemplos como este, que a Câmara de Mangualde nos dá, que têm de ser seguidos um pouco por todo o país. É nesta lógica que, apesar da escassez de recursos orçamentais que o Ministério da Cultura passa, queremos articular o nosso trabalho com as autarquias e a Câmara de Mangualde é um parceiro do Ministério da Cultura, numa obra que tem justamente a ver com a estratégia que procuramos seguir ao longo do país e deve ser dada como exemplo a muitas outras regiões do pais”, concluiu.