Assunção Cristas decreta o fim do voto útil à direita

Diogo Feio vai relançar gabinete de estudos do CDS.

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Assunção Cristas foi este sábado ao congresso, que decorre em Gondomar, dizer que acabou o “mito do voto útil”, uma tese defendida por vários congressistas e lançada de manhã por Paulo Portas como resposta à solução governativa, encontrada pelo PS com o apoio do PCP, do BE e de Os Verdes.

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Assunção Cristas foi este sábado ao congresso, que decorre em Gondomar, dizer que acabou o “mito do voto útil”, uma tese defendida por vários congressistas e lançada de manhã por Paulo Portas como resposta à solução governativa, encontrada pelo PS com o apoio do PCP, do BE e de Os Verdes.

Esta tese procura, assim, abrir um caminho a ser trilhado pelo CDS autonomamente do PSD, mas que possa rentabilizar politicamente o futuro peso eleitoral que o partido venha a ter.

Na apresentação da sua moção global, deu uma nota de unidade e declarou que consigo “ninguém será excluído do CDS”, convocando todos para darem contributos.

“Acreditamos que temos as melhores soluções e os melhores protagonistas para dar as melhores respostas no plano da educação, da saúde, do emprego e do apoio à natalidade”, declarou Assunção Cristas na apresentação da sua moção global denominada Ambição e Responsabilidade para Portugal.

Declarando que a moção que subscreve não é apenas sua – resulta dos contributos que foi recolhendo um pouco por todo o país -, a futura líder do partido, que vai suceder a Paulo Portas, elogiou a quantidade de moções que estão em debate na reunião magna, dez sectoriais e dez globais. “Fico genuinamente feliz por ver tanta diversidade de moções globais e sectoriais. É desta riqueza, desta diversidade, deste arrojo que se faz o nosso partido”, declarou.

A candidata à liderança considera que há muita reflexão a fazer no partido e revelou que a sua “ambição é ter o Largo do Caldas mobilizado e motivado com acções, com trabalho e aberto a todos e a crescer com a renovação”. A este propósito, disse que tenciona dar outra visibilidade ao gabinete de estudos do partido, tornando-o mais interventivo e nomeou o ex-vice-presidente Diogo Feio para o relançar.

A consonância entre a nova líder e este ex-vice-presidente de Paulo Portas foi absoluta no palco do congresso. Diogo Feio interveio antes de Cristas para defender igualmente a tese de que “o voto útil tenderá a desaparecer” e que CDS deve assumir-se como PP, “ deve ser um partido de propostas”. O objectivo defendido por Feio foi a constituição de uma maioria alternativa ao socialismo, que seja moderada e europeísta.