Há coisas que não vêm nos livros e que não constam da Internet. Sim, eu sei, é chocante mas é verdade. Nem tudo se pode aprender sozinho ou pagando a alguém para nos ensinar. “Nem tudo” é como quem diz: o pobre estudioso é cada vez mais obrigado a recorrer à fadiga de interrogar membros desanimados do grande público que se estão, no que diz respeito à ampliação dos nossos conhecimentos básicos, a cagar.

Há coisas que não vêm nos livros e que não constam da Internet. Sim, eu sei, é chocante mas é verdade. Nem tudo se pode aprender sozinho ou pagando a alguém para nos ensinar. “Nem tudo” é como quem diz: o pobre estudioso é cada vez mais obrigado a recorrer à fadiga de interrogar membros desanimados do grande público que se estão, no que diz respeito à ampliação dos nossos conhecimentos básicos, a cagar.

Como conservador respeito a transmissão de saberes (blá blá blá) sabendo que se trata da propagação de preconceitos e de ideias impensadas de geração em geração.

Mas chega. Já não aguento mais. Bem sei que tenho pago as quotas com uma paixão fanática. Mas quero voltar calmamente – sem confrontos ou, pior, más memórias – aos livros e à solidão cibernáutica.

Já não consigo enfrentar a certeza simultaneamente vaidosa e ignorante de mais um único licenciado das piores universidades portuguesas, mesmo atendendo ao horror académico que causam as ditas privadas por serem privadas de qualquer qualidade que não a lata.

Será possível uma universidade ser-se ainda mais horrorosa? Ah pois é. Faz-se uma pergunta no meio de gente que tem inteligência e sabedoria q ue bastem para responder e as respostas limitam-se a indicar a pobreza infindável das fontes: a Universidade do Sempre Ouvi Dizer (SOD) e a eterna concorrente,s Universidade de Já A Minha Avó Dizia (JAMAD).

Fica-se sem saber. É esse o principal objectivo destas universidades da vida: nada.